O jornal O Globo traz hoje (25/10) uma reportagem sobre o avanço das fontes de energia renovável no Brasil, com a expansão de investimentos em projetos solares, eólicos e de biomassa por parte de empresas que enxergam um aumento futuro da demanda por eletricidade no país.
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o segmento vai receber investimentos de R$ 50 bilhões a R$ 70 bilhões com a criação de parques renováveis próximos aos grandes centros de consumo nos próximos dez anos. A maior preocupação com a agenda ambiental, a instabilidade dos preços da conta de luz e a queda de até 60% nos custos das energias solar e eólica desde 2015 impulsionam novos projetos.
Conforme explica a reportagem, essa junção de fatores injeta ânimo em um novo perfil de empresa que se consolida no setor. Um dos exemplos citados pelo jornal, o Grupo Gera, criado em 2016, já tem oito usinas com capacidade de geração de 10 megawatts. E agora planeja investir R$ 200 milhões para ampliar sua capacidade para 55 megawatts até o fim de 2021. Um megawatt atende cerca de 300 casas, estimam especialistas. Na carteira da Gera há clientes como Vivo, Lojas Americanas e Ambev.
O presidente do grupo, Ramon Oliveira, informa que já estão em construção no Rio projetos de biogás e solar, que ficarão prontos em julho do ano que vem.
A companhia francesa GreenYellow, outro exemplo citado pela reportagem, também só cresce desde que iniciou suas atividades no Brasil, em 2014. Com usinas entre o Paraná e o Piauí, a meta da empresa, com clientes como Magalu, Oi e Claro, é ampliar sua capacidade de 30 megawatts para 130 megawatts até 2022 e levantar R$ 500 milhões em investimentos, como usinas solares no Estado do Rio de Janeiro.
Produção de três poços da Petrobras no pré-sal indica para onde vai a estatal
A produção da Petrobras em setembro é um retrato de onde está o futuro da estatal em termos de exploração de petróleo, analisa o jornalista Lauro Jardim, do Globo.
Ele ressalta que os três maiores poços do campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, produziram juntos mais do que todos os campos terrestres e em águas rasas da Petrobras nos estados do Norte, Nordeste e no Espírito Santo. E explica: três poços de Búzios (BUZ-10, BUZ-12 e BUZ-24) atingiram a marca de 203 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), enquanto toda a produção de 5.368 poços em terra e águas rasas chegou a 199 mil boed no período.
PANORAMA DA MÍDIA
O principal destaque da edição deste domingo (25/10) da Folha de S. Paulo é a expectativa de empresários brasileiros em relação ao futuro da econômica do país, de acordo com a mais recente sondagem realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre).
A pesquisa mostra que, quando os empresários brasileiros olham para frente, mirando os próximos seis meses, a maioria tem a expectativa de que o ambiente de negócios vai melhorar. O principal fator para o otimismo é a evolução da economia global. Mas eles também vislumbram riscos que podem comprometer esse cenário. Além da incerteza com a pandemia, aparece com destaque a incerteza econômica e a falta de confiança na política econômica do governo.
A falta de confiança na política econômica do governo é citada por 52% das empresas ouvidas na sondagem. A incerteza econômica é citada por 71% das empresas, percentual superior ao das que apontam também a questão da pandemia (65%).
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Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostra que, em meio à pandemia, com empresas fechando postos de trabalho, escolas operando à distância e idosos precisando de cuidados extras, a participação das mulheres no mercado de trabalho alcançou o patamar mais baixo dos últimos 30 anos. Os hábitos e a cultura da sociedade têm impedido muitas mulheres não só de trabalhar, mas até de procurar emprego. E, dentro de casa, elas ficaram ainda mais sobrecarregadas.
Em função da sobrecarga nas tarefas domésticas e nos cuidados com crianças e idosos, parcela do total de mulheres que estão ocupadas ou em busca de um trabalho chegou a 46,3% no segundo trimestre; desde 1991 esse número não ficava abaixo de 50%, e, desde 1990, não atingia valor tão baixo â quando ficou em 44,2%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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O jornal O Globo destaca que a milícia no Rio de Janeiro já é aliada do tráfego em seus principais territórios. O subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da Polícia Civil, delegado Rodrigo Oliveira, afirma que a maioria das milícias tem hoje algum tipo de associação com o tráfico.
Para especialistas em segurança ouvidos pela reportagem, a união dos dois lados já contaminou todas as áreas dominadas por paramilitares, que ocupam 25% do território da cidade do Rio, segundo uma recente pesquisa do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (UFF), do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP), do Disque-Denúncia (2253-1177) e das plataformas Fogo Cruzado e Pista News.