A energia eólica onshore se consolidou rapidamente no Brasil e agora, segundo Elbia Gannoum, CEO da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), a fonte terá como próxima fronteira as novas tecnologias de armazenamento, com investimentos em hidrogênio verde.
“Temos no hidrogênio verde a possibilidade de trazer armazenamento, inclusive, usar comercialmente nos nossos parques eólicos e ajudar na variabilidade de produção. Vemos também no hidrogênio um mercado potencial para escoar a produção de energias renováveis no Brasil, seja dos investimentos offshore, seja na produção renovável que temos para eólica e para outras fontes. Hidrogênio é seguramente a nossa próxima fronteira”, disse a executiva.
A prova de que a energia eólica está consolidada na matriz são os números: a fonte ocupa o segundo lugar de capacidade instalada com a fatia de 9,7% da matriz elétrica e cerca de 16 GW de capacidade instalada, em mais de 600 parques instalados no país.
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O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que participou junto com Gannoum do Brazil Wind Power nesta terça-feira, 27 de outubro, declarou que a expansão da fonte no Brasil também se deve ao fato dela ter conseguido montar em poucos anos uma cadeia produtiva eficiente e confiável e que hoje é responsável por cerca de 80% de uma torre eólica e de um aerogerador.
“Essas grandes empresas estão aqui hoje e é uma grande felicidade ver que já estão de olho em novas possibilidades de crescimento, como estamos vendo acontecer com os números do mercado livre para projetos eólicos, e se preparando para as novidades dos próximos anos com os parques eólicos offshore e a otimização do hidrogênio para a geração de energia limpa”, disse o ministro.
Com toda essa evolução e olhando para as novas tecnologias, para Elbia Gannoum, a palavra-chave na discussão é competitividade. Estamos nos tornando melhores e mais eficientes para que possamos manter a nossa competitividade na nossa fatia de mercado na matriz elétrica do futuro”, completou.
