Geração

Neoenergia vê retomada da economia em 2021 baseada em renováveis

O grupo Neoenergia prevê uma retomada da economia e do mercado de energia elétrica em 2021 baseada principalmente em fontes renováveis. Na visão da companhia, as empresas em geral estão migrando para uma cadeia produtiva sustentável, que demandará o abastecimento por meio de alternativas energéticas limpas.

“O mundo tem feito uma escolha muito clara, as empresas estão migrando para uma cadeia produtiva sustentável que, sem dúvidas, na sua base, precisa de energias limpas. Esperamos que 2021 seja o motor da energia elétrica e, nesse sentido, é importante manter uma oferta de renováveis a preços razoáveis e com foco de sustentabilidade. As fontes renováveis, principalmente eólica e fotovoltaica, têm mostrado no Brasil altíssimo grau de competitividade”, afirmou o CEO da Neoenergia, Mario Ruiz-Tagle.

O comentário do executivo é baseado na estratégia da controladora da Neoenergia, o grupo espanhol Iberdrola, de priorizar investimentos em fontes renováveis, em linha com o processo de descarbonização da economia global.

Nesse sentido, na última semana, a Iberdrola concluiu a oitava aquisição de empresas em 2020, com a compra, por US$ 8,3 bilhões, da americana PNM Resources, que atua nos estados de Novo México e Texas. Com a operação, a Iberdrola, por meio da subsidiária Avangrid, tornou-se uma das três maiores operadoras de fontes renováveis dos Estados Unidos.

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Em entrevista ao jornal “Financial Times”, o presidente da Iberdrola e presidente do conselho de administração da Neoenergia, Ignacio Galán, destacou que a intensificação do processo de eletrificação da economia global vai representar grande oportunidade de crescimento. Ao jornal, ele acrescentou que o grupo espanhol adotou essa estratégia há cerca de 20 anos, quando poucos acreditavam na expansão das fontes renováveis ante à predominância dos combustíveis fósseis, principalmente carvão, petróleo e gás natural.

Assim como Ruiz-Tagle, Galán prevê que a retomada da economia após a crise provocada pela pandemia de covid-19 pode ser uma oportunidade de promover uma mudança na matriz mundial em direção da energia limpa.

De acordo com a Neoenergia, o grupo Iberdrola tem como meta a neutralidade das emissões de carbono até 2050. Hoje, 66% da capacidade de geração do grupo espanhol são formados por energia limpa, principalmente eólica.

No Brasil, a expectativa da Neoenergia é que, até 2022, para quando está prevista a construção dos complexos de Chafariz (PB) e Oitis (BA e PI), a companhia triplique sua capacidade instalada eólica no Brasil, para 1,6 gigawatts (GW). Em setembro, a companhia adquiriu projetos eólicos com capacidade de 400 megawatts (MW) na Bahia.

No país, a estratégia da Neoenergia tem priorizado o mercado livre. No complexo eólico de Oitis, 96% da capacidade de 566,5 MW serão negociados no ambiente livre. Em Chafariz, a estimativa é que esse percentual seja de 39%, dos 471,2 MW totais. Do total da energia destinada ao mercado livre dos dois empreendimentos, 67,6% já foram negociados para 2022, ano em que será a iniciada a operação dos complexos, assegurando a rentabilidade dos novos parques, segundo a empresa.

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