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Petrobras não vai se endividar para pagar dividendos, diz Castello Branco

Petrobras não vai se endividar para pagar dividendos, diz Castello Branco

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, rebateu nesta quinta-feira, 29 de outubro, críticas contra a alteração na política de dividendos da empresa, aprovada esta semana pelo conselho de administração da companhia e que permite a remuneração aos acionistas, entre eles a União, mesmo em caso de não haver lucro contábil. Segundo ele, houve uma “especulação maldosa” no mercado no sentido de que a iniciativa teria o objetivo de fazer com que o governo arrecade mais recursos.

“Não há nada de novo. A necessidade de submeter ao conselho, aprovar e anunciar publicamente [a nova política de distribuição de dividendos], foi o cuidado que a Petrobras teve porque no passado afirmamos que nós não pagaríamos dividendos se não tivéssemos lucro”, disse Castello Branco, em teleconferência com analistas e investidores, sobre o resultado do terceiro trimestre.

Ele ressaltou que a Petrobras só poderá pagar dividendos, em caso de não haver lucro líquido contábil, se a dívida líquida nos últimos 12 meses tiver sofrido redução. “Não vamos nos endividar para pagar dividendos. O que é importante para nós é a geração de caixa”, explicou.

Segundo o executivo, algumas pessoas levantaram a suspeita de que a mudança na política de dividendos teria como objetivo beneficiar a União, pois o governo precisaria de recursos para cobrir os seus déficits. Ele, porém, disse que os dividendos são uma “gota d’água” frente ao que a companhia destina ao governo, a título de impostos e bônus de outorga em leilões.

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Castello Branco lembrou que, no ano passado, a petroleira destinou R$ 246 bilhões ao governo, em impostos e bônus, contra apenas R$ 1,8 bilhão em dividendos. “A especulação, além de maldosa, não tem fundamento”, completou ele.

Presente ao evento, a diretora de finanças e relações com investidores da Petrobras, Andrea Almeida, reforçou que a companhia não fará nada que atrapalhe o alcance da meta de reduzir a dívida bruta para US$ 60 bilhões em 2022. Segundo ela, a companhia pode inclusive, antecipar o atingimento dessa meta.

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