A petroleira Enauta decidirá até o fim deste mês se mantém o plano de produção no campo de Atlanta, no bloco BS-4, na Bacia de Santos, ou se determinará o abandono da área, em conjunto com a sócia Barra Energia, que informou à parceira a decisão de sair do consórcio. A produção atual no campo é de aproximadamente 15 mil barris de óleo equivalente (boe) diários, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A Enauta informou ao mercado nesta terça-feira que recebeu notificação da Barra Energia sobre a decisão irrevogável da sócia de deixar o Bloco BS-4. Cada petroleira possui 50% de participação no ativo. Segundo a Enauta, a empresa avaliará até 28 de novembro se assumirá a participação da Barra Energia em Atlanta ou se procederá ao abandono conjunto.
A petroleira explicou que uma eventual devolução conjunta do campo não ocorreria de imediato. O sistema de produção antecipada de Atlanta continuaria operando enquanto houvesse viabilidade econômica.
A notificação da Barra Energia ocorre no momento em que a Enauta, operadora do bloco, trabalha na reavaliação do projeto do sistema de produção definitiva do campo. A revisão se deve ao novo cenário de preços do petróleo.
“A Enauta já vinha revisando o projeto com o objetivo de torna-lo mais robusto e resiliente aos novos cenários de preços de petróleo, gerando maior valor para os acionistas. Com a notificação da Barra Energia, esse estudo será acelerado e embasará a decisão da companhia”, afirmou o presidente da Enauta, Décio Oddone, em nota.
Em entrevista recente à MegaWhat, Oddone destacou que a companhia pretende recompor seu portfólio, após a venda de participações nos campos de Manati, na Bacia de Camamu-Almada, e de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos.
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Em produção desde 2018, o campo de Atlanta contava ainda com uma participação de 40% da Dommo Energia (antiga OGX). A petroleira fundada pelo empresário Eike Batista, porém, teve sua participação diluída entre Enauta e Barra Energia, por decisão da ANP em 2019, depois que a companhia não cumpriu com compromissos financeiros da concessão.
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