O Brasil caminha para um resultado recorde da conta-petróleo (a diferença entre as exportações e as importações de petróleo, derivados e gás natural) em 2020.
De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a conta alcançou US$ 10,031 bilhões no acumulado do ano até setembro. O valor é 42,6% superior ao apurado em igual período do ano passado (US$ 7,035 bilhões) e 7,6% maior que o observado em todo o ano de 2019 (US$ 9,234 bilhões).
De acordo com o consultor Humberto Viana Guimarães, o montante acumulado nos primeiros nove meses de 2020 já supera em 3,9% o recorde histórico de 2018, de US$ 9,655 bilhões.
Segundo o especialista, o resultado no período deveu-se ao superávit na exportação de petróleo, de US$ 13,114 bilhões, com uma média de 1,439 milhão de barris/dia, e na redução na importação de derivados, como resultado da diminuição do consumo em função da pandemia de covid-19.
O cenário para o futuro, no entanto, pode mudar, segundo Guimarães. Ele considera a provável redução de investimentos em exploração e produção pela Petrobras entre 2021 e 2025 e o crescimento da importação de derivados nos próximos anos, a partir da retomada do crescimento do PIB.
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