A Petrorio obteve prejuízo líquido de R$ 117,7 milhões no terceiro trimestre do ano, aumento de 311% em comparação com o prejuízo de R$ 28,6 milhões obtido no mesmo intervalo de 2019.
Apesar do aumento da receita, o desempenho da companhia foi afetado negativamente pelo resultado financeiro negativo em R$ 155,5 milhões (aumento de 81%).
A receita total da companhia cresceu 22%, para R$ 488,7 milhões. O custo dos produtos vendidos, contudo, cresceram 48%, para R$ 223,8 milhões. A companhia também registrou aumento de 23% nas despesas gerais e administrativas, para R$ 36,7 milhões.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 53%, para R$ 237 milhões.
No campo operacional, a Petrorio produziu 29.330 barris de óleo equivalente por dia no trimestre, aumento de 44,1, com destaque o Campo de Frade, que teve aumento de 30,1% na produção, para 12.838 boepd.
O Brent médio do trimestre caiu 51,2%, para US$ 43,34 o barril, enquanto o preço médio de venda da companhia caiu 48,9%, para US$ 42,71 o barril. O custo de extração da Petrorio recuou 43,9% no período, para US$ 12,80 o barril.
A posição líquida ao fim do trimestre era de R$ 1,643 bilhão, divididos entre caixa, estoque de óleo e ações em tesouraria. A posição de caixa e equivalentes ao fim do trimestre era de R$ 422,5 milhões, acima dos R$ 358,9 milhões do terceiro trimestre de 2019.
A relação entre dívida líquida e Ebitda ao fim do trimestre era de 1,9 vez, abaixo das 2,1 vezes do segundo trimestre deste ano mas acima da alavancagem do terceiro trimestre do ano passado, de 1,2 vez.
A redução, contudo, não retrata o cenário real da companhia, já que parte da dívida foi impactada pela aquisição do PFSO OSX-3 e pelo farm-in de Tubarão Martelo, realizados em agosto, sem a contraparte de geração de Ebitda dos últimos doze meses reconhecidos. Segundo a companhia, sem esses efeitos, a alavancagem seria ainda menor, de 0,7 vez.
