A Omega Geração teve lucro líquido de R$ 37,6 milhões, aumento de 19% na comparação com o resultado do mesmo período de 2019.
No período, a companhia registrou crescimento de 10% na sua receita líquida na base anual, para R$ 314,4 milhões, refletindo, entre outros fatores, o aumento da sua capacidade instalada em 14%, para 1.194,7 MW. A geração de energia no período cresceu 4%, para 1.359,8 GWh.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 1%, para R$ 203,3 milhões.
Apesar do desempenho superior na comparação trimestral, a Omega destacou que seu resultado foi afetado negativamente por diversos efeitos não recorrentes no trimestre. A safra de ventos do Nordeste, por exemplo, começou mais tarde em 2020, em meados de agosto, em comparação com meados de julho em um ano típico.
Além disso, o nível de disponibilidade eólica no trimestre, de 92,6%, foi 4,4 pontos percentuais abaixo do nível mínimo planejado, evento atribuído a um incidente em Miranda, onde houve um incidente com uma subestação e forçou o desligamento do Complexo Maranhão por seis dias. O equipamento que teve a falha tinha chance estimada próxima de zero de falhar.
Outro problema é uma falha em um dos três transformadores em Delta 3, que tem apresentado disponibilidade abaixo da planejada com apenas três anos de uso, quando a expectativa de um equipamento do tipo é de operar 20 anos sem falhas.
Esses eventos, combinados aos resultados comerciais mais tímidos relacionados à pandemia do covid-19, devem fazer com que o lucro bruto da companhia em 2020 fique abaixo das bandas projetadas no plano de negócios, embora ainda acima do resultado de 2019.