MegaExpresso

Especialistas veem falha estrutural no sistema de energia do Amapá – Edição da Manhã

O jornal O Estado de S. Paulo ouviu especialistas em energia sobre o apagão no sistema elétrico, que deixou 13 dos 16 municípios do estado sem energia desde o início da semana.

O diretor do Instituto de Pós-graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobras, criticou a falha estrutural do sistema elétrico na região. “É um absurdo o estado inteiro ligado em uma única subestação. Caiu a energia e todo o estado praticamente ficou sem eletricidade. A responsabilidade é estadual e também federal, pois o governo também deveria estar supervisionando.”

A reportagem explica que a geração de energia não foi comprometida neste caso, a falha foi somente na distribuição. “O erro foi estrutural. Macapá deveria ter equipamentos para manutenção, de substituição do transformador que deu problema. Deveria ter pelo menos um reserva funcionando”, acrescentou Pinguelli.

O Ministério de Minas e Energia informou que Macapá tem uma subestação com dois transformadores responsáveis pela transmissão de energia, além de um reserva. Dos que funcionam, um pegou fogo e o outro foi parcialmente danificado. O terceiro estava danificado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

“É quase inacreditável ter um transformador reserva inoperante. Estamos apurando ainda tudo o que aconteceu, há quanto tempo existe o problema com esse transformador. Mas é um absurdo o que está acontecendo no Amapá”, comentou Joilson Costa, coordenador da Frente de Nova Política Energética para o Brasil, que reúne 31 organizações sociais, ambientais e acadêmicas.

TSE enviará 1,2 mil baterias de urnas para garantir votação no Amapá

O portal de notícias da revista IstoÉ informa que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai enviar 1,2 mil baterias de urnas eletrônicas para a Justiça Eleitoral do Amapá garantir a realização do primeiro turno das eleições municipais, que será realizado no dia 15 de novembro.

O estado enfrenta um apagão de energia elétrica deste a última terça-feira, provocado por um incêndio em um transformador da subestação da capital, Macapá.

De acordo com o TSE, as baterias estão em Brasília e serão transportadas por aviões Força Aérea Brasileira (FAB). A carga dos equipamentos dura cerca de 10 horas. Dessa forma, segundo tribunal, as baterias que estão acopladas às urnas e as unidades extras que serão enviadas poderão garantir a realização da votação, que ocorrerá das 7h às 17h.

Apagão provoca desabastecimento e leva capital do Amapá à calamidade

A Folha de S. Paulo também traz, hoje (07/11), uma reportagem sobre a situação no Amapá, em consequência do apagão de energia elétrica no estado. O cenário é de desabastecimento de água, perda de alimentos refrigerados, filas em supermercados, em caixas eletrônicos e em diferentes pontos da capital, Macapá, para que as pessoas carreguem seus celulares.

As cirurgias eletivas foram suspensas em todos os hospitais públicos. A prefeitura de Macapá decretou estado de calamidade pública por 30 dias e estendeu os horários de funcionamentos de postos de combustíveis para 24 horas.

O apagão, causado após incêndio em subestação de distribuição de energia elétrica na noite de terça-feira (03/11), atinge uma região onde vivem 782 mil pessoas, cerca de 90% da população estadual. Apenas Oiapoque, no extremo norte, e Laranjal do Jari, no extremo sul, têm eletricidade.

Petrobras conclui venda do campo de Baúna, na Baía de Santos

A Petrobras finalizou ontem (06/11) a venda da totalidade de sua participação no campo de Baúna, localizado em águas rasas na Bacia de Santos, para a Karoon Petróleo & Gás, subsidiária da Karoon Energy.

O campo de Baúna iniciou sua operação com o FPSO Cidade de Itajaí (sigla em inglês para unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência) em fevereiro de 2013. A produção média do campo de janeiro a setembro de 2020 foi de aproximadamente 16 mil barris de óleo por dia e 104 mil m³/d de gás. Com essa transação, a Karoon será a operadora da concessão com 100% de participação.

A operação foi concluída com o pagamento de US$ 150 milhões para a Petrobras. O valor recebido no fechamento se soma ao montante de US$ 49,9 milhões pagos à Petrobras na data de assinatura, em 24 de julho de 2019. A parcela remanescente, estimada em aproximadamente US$ 40 milhões, será paga pela Karoon em 18 meses, considerando os ajustes de preço, uma vez que a data-base da transação é de 1º de janeiro de 2019. Adicionalmente, foi acordada pelas partes parcela contingente do preço, a ser recebida pela Petrobras até 2026, no valor de USS 285 milhões. (Agência Petrobras)

PANORAMA DA MÍDIA

Joe Biden, candidato do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, está perto da vitória. Esse é o principal destaque de hoje (07/11) na imprensa.

Biden assumiu ontem (06/11) a liderança da apuração na Pensilvânia e na Geórgia, três dias após as eleições. Já à frente também em Arizona e Nevada, Biden consegue, assim, superar o presidente Donald Trump em quatro estados-chave que devem decidir a corrida eleitoral, ampliando seu favoritismo para chegar à Casa Branca.

Com isso, Trump, que vê sua chance de reeleição ir desaparecendo a cada boletim eleitoral, voltou a sinalizar que não deve reconhecer de forma tranquila uma cada vez mais próxima derrota. A postura do presidente inflama protestos dos dois lados, pacíficos ainda em sua maioria, mas com armas sendo vistas nas ruas, também nos dois grupos políticos. (O Globo)

“Nós vamos ganhar essa corrida”, disse Joe Biden. Ele comemorou que os democratas reconstruíram a “muralha azul” (em referência à cor do Partido Democrata) no Meio-Oeste. “Eu não vou esperar para começar o trabalho”, afirmou, ressaltando que ele e Kamala Harris (candidata à vice) tiveram reuniões sobre a situação da economia e da pandemia de covid-19 nos últimos dias.

“No dia 1, vamos colocar nosso plano para controlar esse vírus. Não podemos recuperar as vidas perdidas, mas podemos salvar outras vidas”, disse Biden, que também prometeu um caminho para “forte recuperação econômica”. (O Estado de S. Paulo)

Na outra ponta do tabuleiro, o atual presidente segue com sua cruzada judicial para contestar os resultados e atacar a democracia e o sistema eleitoral dos EUA. O republicano já entrou com ações em quatro estados – Geórgia, Pensilvânia, Michigan e Wisconsin – para questionar ou rever a apuração, mas não tem obtido sucesso na maioria deles. (Folha de S. Paulo)

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.