O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), disse que o estado entregou um ofício ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que teria concordado, e que contou com o comprometimento do presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, para “comprar a briga no Congresso”, para que os estados produtores de energia não disponibilizem toda a sua carga para o Sistema Interligado Nacional (SIN).
O governador concedeu entrevista ao programa Em Pauta da GloboNews. na manhã desta segunda-feira, 9 de novembro. Segundo ele, no ofício foi apresentada como solução a construção de uma linha de transmissão que conecte as quatro hidrelétricas instaladas no estado diretamente à Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), que faz a distribuição de energia elétrica.
“Uma solução futura que não nos permita mais fornecer para o sistema nacional porque produtores (usinas) geram mais de 900 MW quando a nossa necessidade de 250 MW, e que não consegue ser atendida. O pedido é para que os estados produtores tenham uma alternativa de abastecimento da concessionária caso aconteça uma calamidade como essa”.
Não há qualquer confirmação do ministério ou do Senado sobre a possibilidade de se discutir o assunto.
Crise no fornecimento
Há uma semana sofrendo com a crise do abastecimento de energia, o estado do Amapá conseguiu reestabelecer 70% de sua carga para atender a população no esquema de rodízio, com a estruturação de ações como a de geração isolada e abastecimento de combustíveis.
A responsabilidade da Isolux, que faz a manutenção da subestação na qual ocorreu o incêndio, está sendo apurada, assim como a da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) que realizam o acompanhamento com ações de fiscalização.
Para entender as ações, veja também:
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– MME institui gabinete de crise para apurar interrupção de 250 MW no Amapá.