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Amapá: controle acionário da transmissora responsável foi transferido este ano – Edição da Manhã

Em reportagem publicada hoje (10/11), o Valor Econômico traz informações sobre as empresas que atuam no setor elétrico no Amapá. Responsável pelos equipamentos que foram alvo de incêndio há uma semana, no estado, a transmissora de energia Linhas de Macapá (LMTE) passou a ser controlada neste ano pela Gemini Energy, holding que tem por trás as gestoras Starboard Partners e Perfin.

Originalmente, o ativo era administrado e controlado pela Isolux Energia e Participações, braço da espanhola Isolux Corsán, especializado nas áreas de construção, engenharia e concessões de infraestrutura. A reportagem explica que o grupo espanhol mergulhou em dificuldades financeiras e, desde 2016, vinha tentando se desfazer de ativos. A crise fez com que a empresa pedisse recuperação judicial na Espanha e também no Brasil.

A Gemini Energy assumiu neste ano a transmissora de Macapá e outros dois ativos da Isolux: a Linhas de Xingu e a Linhas de Taubaté. No caso da LMTE, a holding detém 85,04% do ativo – a participação da Starboard se dá pelo fundo Power Fip, e a da Perfin, pelo fundo Apollo 14 Fip. A fatia restante é da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, cuja participação se dá pela conversão de seis parcelas de debêntures em ações. Em nota à imprensa, a Gemini afirmou que desde janeiro vem concentrando esforços em “estabilizar e reforçar a operação dos ativos”.

Bolsonaro critica empresa Isolux por apagão no Amapá

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem (09/11) que a energia no Amapá “não é de responsabilidade do Estado nem da União”. Ele criticou a Isolux por permitir um apagão no estado que já chega ao seu sétimo dia e disse que cerca de 70% da energia já está restabelecida. Reconheceu, no entanto, que a situação só deve estar normalizada em nove dias. A Isolux não é mais responsável pelo fornecimento de energia no estado. (Valor Econômico)

Empresa que fez manutenção tem histórico de problemas

O jornal O Globo traz hoje (10/11) uma série de reportagens sobre a situação do Amapá, após o apagão elétrico que completa uma semana. Uma das reportagens explica que a empresa responsável pela operação da subestação de energia onde os transformadores pegaram fogo no Amapá tem um histórico de problemas em obras de infraestrutura no Brasil.

A subestação é de responsabilidade da Gemini Energy, empresa administrada por fundos de investimentos e formada a partir de ativos da espanhola Isolux no Brasil, que está em recuperação judicial. A estrutura danificada é a única responsável por conectar o estado do Amapá ao Sistema Interligado Nacional (SIN) de energia elétrica.

O histórico de problemas da Isolux, de acordo com a reportagem, inclui atrasos em obras de linhas de transmissão de eletricidade, que levaram à cassação de contratos de concessão dessas linhas. Procurada pelo jornal, a Isolux não respondeu. A Gemini Energy disse que assumiu o controle da LMTE em janeiro. “Nesses últimos 10 meses, os esforços se concentraram em estabilizar e reforçar a operação dos ativos”, disse a empresa, em nota.

Amapaenses se refugiam em ilha do Pará para fugir de efeitos do apagão

Conforme reportagem da Folha de S. Paulo, em apenas três dias, Afujá, pequena ilha do arquipélago do Marajó, no Pará, recebeu dez lanchas e balsas e dois navios com mais de mil macapaenses. O porto, a rede hoteleira e os bares da cidade, que possui pouco mais de 32 mil habitantes, ficaram lotados. Afujá fica a 78 quilômetros de Macapá.

Essa foi a solução encontrada por moradores de Macapá após uma explosão seguida de incêndio na principal subestação de fornecimento de energia do Amapá na última terça-feira (03/11), 14 dos 16 municípios do estado ficaram sem luz e água.

Liminar reduz metas de crédito de descarbonização para o setor de combustíveis

A Folha de S. Paulo informa que distribuidoras de combustíveis obtiveram nesta segunda-feira (09/11) liminar judicial para reduzir as meias de compra de certificados de descarbonização implantados pelo programa Renovabio. As empresas se queixam do alto custo dos papéis e do pouco tempo para a aquisição.

A liminar foi obtida pela Brasilcom (Associação das Distribuidoras de Combustíveis), que representa 46 empresas do setor, e reduz as metas a 25% do previsto no início do ano. Em nota, a entidade disse que as regras atuais podem resultar “no estrangulamento financeiro das distribuidoras regionais”.

A reportagem explica que o Renovabio é alvo de questionamentos desde o início da pandemia, que reduziu as vendas de combustíveis no Brasil. Em setembro, o governo já havia reduzido pela metade a meta de aquisição em 2020, mas ainda assim o setor alega que o prazo é curto para cumprir os compromissos.

Chamados de CBios, os certificados são emitidos por produtores de etanol e biodiesel e devem ser adquiridos por empresas que vendem derivados de petróleo em proporções equivalentes aos volumes vendidos. O objetivo do programa é precificar as emissões de carbono pelo consumo de derivados de petróleo e fomentar investimentos na oferta de biocombustíveis. Cada título equivale a uma tonelada de dióxido de carbono que deixou de ser emitida na atmosfera.

Marquise e Abengoa podem levar PPP de R$ 3 bilhões no Ceará

A Marquise, empresa de infraestrutura e resíduos sólidos, e a Abengoa, grupo espanhol que atua no setor elétrico brasileiro, poderão assumir um projeto de dessalinização de água marinha em Fortaleza (CE). Trata-se de um contrato de R$ 3,2 bilhões, a serem pagos ao longo dos 30 anos da Parceria Público-Privada (PPP). As informações são do Valor Econômico.

PANORAMA DA MÍDIA

Recebida com um misto de euforia e ceticismo, a Pfizer anunciou ontem (09/11) que os resultados preliminares dos testes clínicos de sua vacina contra a covid-19 indicam mais de 90% de eficácia na proteção contra o vírus. O imunizante é desenvolvido pela farmacêutica americana em parceria com a alemã BioNTech.

A vacina – a primeira a anunciar que é eficaz, embora ainda sem revisão dos resultados por pesquisadores independentes – está sendo testada no Brasil, além de outros países, mas não há acordo para aquisição de doses, como os governos federal e de São Paulo já têm para as vacinas experimentais da Universidade de Oxford e da chinesa Sinovac. (O Globo)

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Com 94 casos da doença (covid-19) confirmados em um universo de mais de 43 mil participantes, o comitê científico da Pfizer pôde avaliar a eficácia preliminar da vacina, que se mostrou também segura, sem a ocorrência de efeitos adversos sérios.

A vacina da Pfizer, chamada de BNTi62b2, utiliza a tecnologia de RNA, ou o material genético do vírus, para induzir resposta imune no organismo. Em fases anteriores de estudo, a vacina, administrada em duas doses, estimulou a produção elevada de anticorpos após28 dias de aplicação. (Folha de S. Paulo)

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, ontem à noite (09/11), que determinou a interrupção dos estudos clínicos da vacina Coronavac, após a ocorrência de “evento adverso grave”. A Coronavac é produzida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan e está em fase de testes clínicos no Brasil.

Em nota, o Instituto Butantan informou ter sido surpreendido pela notícia e que está apurando em detalhes o que houve com o andamento dos estudos clínicos da Coronavac. Em entrevista à TV Cultura, o diretor do Butantan, Dimas Covas, disse que se trata do óbito de um voluntário que não teve relação com a vacina. O governo do Estado de São Paulo divulgou nota em que informou lamentar “ter sido informado pela imprensa”, e “não pela Anvisa”, sobre a interrupção dos testes. (Valor Econômico)

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Uma combinação de notícias que reduzem incertezas no horizonte levaram à alta generalizada das bolsas no mundo todo. Após a confirmação, no fim de semana, da vitória de Joe Biden nas eleições americanas, ontem (09/11) o clima positivo ganhou novo impulso com o anúncio da Pfizer e da BioNTech de que sua vacina provou ser mais de 90% eficaz nos primeiros 94 indivíduos que foram infectados pelo novo coronavírus. Até o momento, nenhum problema de segurança sério foi revelado no estudo, que inscreveu cerca de 44 mil voluntários em diversos países. (Valor Econômico)

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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), subiu seis pontos porcentuais na quarta pesquisa Ibope/TV Globo/Estadão e se isolou na liderança da sucessão municipal. Ele tem agora 32% das intenções de voto, e está 19 pontos à frente do adversário mais próximo, Guilherme Boulos (PSOL), que tem 13%.

Boulos divide a segunda colocação com Celso Russomanno (Republicanos) e Márcio França (PSB), que têm 12% e 10%, respectivamente. Estão todos em situação de empate técnico, já que a margem de erro máxima da pesquisa é de três pontos porcentuais para mais ou para menos. (O Estado de S. Paulo)

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