Política Energética

Capacidade de geração a biomassa cresce mais de 30% nos últimos cinco anos

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou na noite da última terça-feira o caderno de Biocombustíveis do PDE 2030. Nele, a EPE aponta o crescimento acima de 30% da capacidade de geração a biomassa de cana-de-açúcar em relação aos últimos cinco anos, chegando a 11,7 GW em setembro de 2020.

Até outubro de 2020 a EPE contabiliza a realização de 58 leilões, ocorrendo venda de energia das usinas sucroenergéticas em 28 deles. Essa contratação reflete na queda do volume contratado em leilões e extra certames, e nos próximos cincos anos.

Depois de alcançar montantes de 2,76 GW médios em 2022 e 2023, a EPE projeta um total de contratação de 1,8 GW médios em 2025. O motivo é a redução da contratação em leilões de reserva, saindo da faixa dos 700 MW médios em 2024, para 192 MW médios em 2025, da mesma forma com o leilão de fontes alternativas, no qual a contratação cai de 205 MW médios em 2024 para 90 MW médios em 2025.

Soma-se a isso a queda da quantidade de energia contratada extra certame, que também apresenta contínua a partir de 2022, saindo de 809 MW médios para 515 MW médios em 2025.

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Exportação

O potencial técnico de exportação de energia a partir de palhas e pontas estimado pela Empresa de Pesquisa Energética é de até 11,2 GW médios até 2030 e considerando apenas usinas da região Centro-Sul.

Estima-se que a participação da bioeletricidade na matriz elétrica nacional será mantida, embora sua comercialização no ambiente regulado (ACR) diminuia ao longo do período.

Dessa forma, espera-se que o ambiente de contratação livre (ACL) e a liquidação de energia no mercado spot (PLD) possam se configurar como mercados majoritários para a comercialização de energia do segmento.

Biogás e Biometano 

Segundo o caderno divulgado pela EPE, o potencial de biogás alcança 6,9 bilhões de Nm³ em 2030 (3,8 bilhões de Nm³ de biometano), com a destinação de toda vinhaça e torta de filtro.

Desse total, a exportação de energia elétrica a partir do biogás atinge 2 GW médios no ano de 2030, considerando a usina vencedora do leilão de energia A-5 de 2016.

A produção de biometano do setor sucroenergético seria suficiente para suprir cerca de 60% da demanda de diesel do segmento.

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