A estatal mineira Cemig obteve lucro líquido de R$ 545 milhões no terceiro trimestre do ano, revertendo o prejuízo de R$ 282 milhões que havia sido apurado no mesmo intervalo de 2019.
A receita líquida somou R$ 6,36 bilhões no trimestre, aumento de 4,9% na comparação anual. As despesas operacionais, por sua vez, caíram 20,6%, para R$ 5,1 bilhões.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Cemig subiu 629,7% no trimestre, para R$ 1,4 bilhão.
O terceiro trimestre de 2019 tinha sido marcado por uma despesa com provisão de R$ 1,18 bilhão referente à ação judicial de contribuições previdenciárias, o que afeta a base de comparação deste trimestre.
Neste ano, entre julho e setembro, os resultados da companhia foram influenciados pela reversão de R$ 230,9 milhões em provisões para dívidas de consumo e serviços de energia elétrica do Estado de Minas Gerais, devido a um requerimento para que a compensação utilize créditos tributários relativos ao ICMS.
Ainda na ponta positiva, as vendas de energia no mercado livre subiram 503,1%, para R$ 59,1 milhões, e o resultado da Cemig GT foi beneficiado por isso. O mercado cativo da Cemig, contudo, caiu 3,6% no trimestre, ainda que tenha mostrado recuperação de 1,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Do lado negativo, a companhia teve um resultado financeiro agravado pelo impacto de R$ 244 milhões dos bonds emitidos no exterior, por conta do câmbio. A remensuração do valor da participação na Light também trouxe impacto negativo de R$ 90 milhões, líquido de impostos.
A dívida líquida da Cemig ao fim do trimestre era de R$ 10,5 bilhões, queda de 21,5%. A dívida bruta subiu no valor de R$ 1,33 bilhão, para R$ 16,1 bilhões, por conta da desvalorização do real, que impactou no aumento da dívida em dólar. Mas as operações de hedge, contudo, têm demostrado saldo líquido positivo.