Política Energética

Energia e sustentabilidade estão em pauta no 2º turno das eleições no Rio e São Paulo

Os temas de energia e sustentabilidade estão inseridos nos planos de governo dos candidatos a prefeito que disputam o segundo turno nas duas principais capitas estaduais do país: São Paulo e Rio de Janeiro. As propostas de Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL), em São Paulo, e de Marcelo Crivella (Republicanos) e Eduardo Paes (DEM), no Rio, vão desde a liberação de área de servidão de linhas de transmissão para atividades de agricultura familiar, sugerida pelo candidato do PSOL, até a transformação da estatal de iluminação pública carioca Rioluz em autarquia, defendida pelo candidato à reeleição no Rio.

Na área de mobilidade urbana, o candidato à reeleição em São Paulo, Bruno Covas, destacou, em sua proposta arquivada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que, nos últimos quatro anos, 41% da frota de ônibus da cidade foi renovada, com 5,7 mil veículos mais sustentáveis e menos poluentes. No documento, ele acrescenta que o conceito de sustentabilidade terá prioridade nas ações do governo, “incentivando as boas práticas ambientais”.

Nesse sentido, as ações do poder público municipal, segundo a proposta, serão voltadas à promoção de soluções sustentáveis, ao cumprimento de exigências e protocolos ambientais, ao combate ao aquecimento global, e ao uso crescente de fontes renováveis de energia.

Candidato da oposição, Boulos tratou de energia e sustentabilidade em três pontos de sua proposta. Com relação ao manejo de lixo e podas de árvores, ele sugere o investimento em tecnologias de transformação dos resíduos em energia limpa. Em mobilidade urbana, ele propõe acelerar o processo de substituição da frota por veículos elétricos ou de outras energias limpas. E, com relação à segurança alimentar, o candidato quer destinar áreas de servidão de linhões de energia elétrica para a atividade de agricultura familiar.

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No Rio de Janeiro, Crivella também mira a sustentabilidade no âmbito da mobilidade urbana. De acordo com a proposta arquivada no TSE, o candidato à reeleição sugere a substituição gradativa de combustível fóssil por eletricidade, por fontes limpas, para os meios de transporte de massa.

“Sabe-se que o combustível fóssil é o grande responsável pela emissão de gases poluentes em nossa cidade, tal ação [a substituição da frota], além de primar por valores ambientais, resguarda a saúde dos cidadãos dos efeitos nocivos da poluição”, explicou o candidato no documento.

Ainda nessa linha, Crivella propõe a elaboração de um plano de eficiência energética e de energias renováveis em transportes públicos.

Crivella também propõe transformar em autarquia a estatal Companhia Municipal de Energia e Iluminação Pública (RioLuz), “para melhor executar atividades típicas da administração pública, como principalmente a fiscalização da Parceria Público-Privado da Iluminação pública”.

O candidato do Republicanos sugere ainda a implantação de um programa de incentivo à energia solar na capital fluminense, chamado de “Rio Solar”, buscando incentivar unidades de autogeração de energia solar no município.

Com relação à parte de orçamento, Crivella incluiu o atendimento aos objetivos de desenvolvimento sustentáveis relativos à produção de energia limpa e renovável a preços acessíveis por meio de novos projetos em parceria com o setor privado.

Já o ex-prefeito Eduardo Paes quer “retomar a liderança mundial do Rio de Janeiro como capital da sustentabilidade ambiental”. Para isso, o programa do candidato prevê o aumento em 20% do investimento anual destinado à contenção de encostas, controle de enchentes e arborização, incluindo a plantação de 50 mil mudas de árvores, visando ampliar em 25% a área do município em que exista um espaço verde a, no máximo, 15 minutos de caminhada.

O candidato do DEM também pretende atrair investimentos na área de energia, entre outros. Com relação à mobilidade urbana, ele propõe o estabelecimento de uma parceria com o governo do estado para concluir e inaugurar a estação de metrô da Gávea, na Zona Sul da cidade, até o fim de seu mandato, caso seja vencedor nas eleições.

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