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Seca nos reservatórios e apagão no Amapá pressionam conta de luz – Edição da Manhã

Menos de quatro meses após a assinatura de empréstimo para reduzir aumentos na conta de luz, as tarifas voltam a ser pressionadas pela seca e pelo apagão do Amapá, que demandam a contratação de térmicas tanto para poupar água nos reservatórios das hidrelétricas quanto para garantir o abastecimento aos amapaenses.

Ontem (16/11), em reunião extraordinária, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu manter a operação de térmicas a gás natural no país e ampliou a autorização para que a Eletronorte contrate usinas emergenciais a óleo para o Amapá.

A Folha de S. Paulo ressalta que no primeiro caso, os custos são repassados à conta de luz de todos os brasileiros por meio das bandeiras tarifárias cobradas na conta de luz. No segundo, a conta vem via encargos setoriais pagos pelos consumidores de eletricidade. O tamanho da conta vai depender de quanto tempo as medidas serão necessárias.

Em comunicado, o Ministério de Minas e Energia (MME) diz que, apesar do aumento das chuvas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o volume verificado nas principais bacias se mantém abaixo dos níveis históricos. Com isso, decidiu manter medidas excepcionais para preservar os reservatórios das usinas hidrelétricas.

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Comitê do setor elétrico autoriza contratação de mais 60 MW para Amapá

O Valor Econômico também traz informações sobre a reunião do Conselho de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) realizada ontem (16/11). O jornal destaca que o comitê autorizou a contratação de mais 60 megawatts (MW) para reforçar o atendimento do Amapá. Com isso, já há 120 MW de capacidade disponível para aumentar a confiabilidade do suprimento, afetada pelo blecaute que atingiu 14 dos 16 municípios do estado no último dia 3.

A decisão do comitê, que reúne os principais órgãos do setor elétrico, é considerada paliativo, diante das restrições no fornecimento que ainda persistem. As consequências do blecaute têm levado políticos do Amapá a exercer forte pressão sobre a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Amapá: empresa levou nove meses para contratar manutenção

O jornal O Globo informa que a empresa responsável pela subestação de energia que pegou fogo em Macapá há duas semanas demorou ao menos nove meses para contratar serviços especializados de manutenção do terceiro transformador da unidade, parado desde dezembro e que deveria servir como reserva para evitar a falta de energia.

A manutenção foi contratada menos de dois meses antes do incêndio, no último dia 3, que deixou 90% da população do Amapá no escuro. A reportagem ressalta que a subestação começou a ser operada em 2015 pela Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), que tem outras três na Região Norte. A LMTE pertence à Gemini Energy, formada a partir de ativos da Isolux, em recuperação judicial.

PANORAMA DA MÍDIA

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, disse ontem (16/11) ver “motivação política” nos ataques virtuais sofridos pela Justiça Eleitoral anteontem e apontou ação de “milícias digitais”. Segundo ele, houve uma atuação articulada para tentar “desacreditar” as instituições do país. Barroso, no entanto, afirmou que os ataques foram neutralizados e não tiveram relação com o atraso na divulgação dos resultados. As informações são destaque na edição de hoje (17/11) do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Folha de S. Paulo também traz informações sobre o pronunciamento do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O jornal destaca que o ministro não garantiu que o segundo turno das eleições, no próximo dia 29, será livre de falhas.

A votação de domingo (15/11) foi mareada por panes técnicas, que incluíram instabilidades em aplicativo do TSE e uma demora inédita para que se soubesse a totalização de votos das urnas eletrônicas. Ontem, Barroso afirmou que a demora na entrega de equipamentos por parte da empresa Oracle, em razão da pandemia da covid-19, impediu a realização de testes prévios no sistema. Os equipamentos, segundo ele, deveríam ser entregues em março, mas só chegaram em agosto.

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Em análise do resultado do pleito de domingo, o jornal O Globo destaca que o mapa da distribuição partidária nos municípios revela que legendas do centrão e o DEM saíram das urnas com mais prefeituras do que haviam conquistado há quatro anos, enquanto as siglas que estiveram no segundo turno da eleição presidencial em 2018 viram seu espaço diminuir – caso do PT – ou não experimentaram o crescimento que vislumbravam na carona do fundo eleitoral, situação do PSL.

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Também em análise dos resultados da eleição de domingo, o Valor Econômico informa que apesar de ter perdido 270 prefeituras em todo o país na comparação com a eleição passada – de 1.044 prefeitos eleitos em 2016 para 774 até agora –, o MDB continua sendo o partido com o maior número de prefeitos em todo o Brasil.

Segundo a reportagem, o domínio é garantido graças a sua liderança isolada no numeroso grupo dos micromunicípios, 3.028 localidades com menos de 10 mil eleitores, áreas muitas vezes tratadas depreciativamente no meio político como “grotões”.

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