Transmissão

Em cenário otimista, PDE 2030 recomenda aporte de R$ 108,7 bilhões em transmissão

Em cenário otimista, PDE 2030 recomenda aporte de R$ 108,7 bilhões em transmissão

Os estudos de planejamento de transmissão concluídos até agosto de 2020, presentes no novo Caderno do PDE 2030 divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), recomendam um investimento total de R$ 108,7 bilhões até o horizonte de 2030. Deste total, R$ 49,5 bilhões são referentes a empreendimentos ainda sem outorga.

No PDE 2029, a expectativa é que os investimentos totais chegassem a cerca de R$ 103 bilhões ao longo do decênio, sendo R$ 73 bilhões em 55,8 mil quilômetros de linhas de transmissão e R$ 30 bilhões em subestações, incluindo as instalações de fronteira.

Nesta edição, o caderno 2030 considera as incertezas associadas à pandemia do covid-19, o caderno avalia três cenários para implantação de empreendimentos de transmissão sem outorga: otimista, com a implantação de todos os projetos; de referência, considera reavaliação do cenário da data da necessidade dos empreendimentos no horizonte do estudo; e o pessimista, sem a implantação dos empreendimentos.

O cenário otimista aponta a recomendação do investimento total previsto. Enquanto o de referência aponta um investimento de R$ 89,62 milhões, e o pessimista de R$ 59,2 milhões.

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O estudo também traz um indicativo do planejamento para a expansão das interligações, bem como da evolução dos valores médios de capacidade dessas conexões. Assim, espera-se que a capacidade de importação total do Nordeste passe de 6.800 MW em 2020, para 11.000 MW entre os anos de 2025 e 2026. Para exportação, nesse mesmo horizonte, o total do Nordeste deve passar de 6.000 MW para 15.200 MW.

Já considerando a exportação total do Norte-Nordeste, a expansão prevista é de 11.800 MW para 16.500 MW no horizonte. Para 2021, a EPE prevê a realização de estudos indicativos para expansão da interligação Nordeste-Sudeste.

O Caderno de Transmissão do PDE 2030 também apresentou a expansão das interligações para o Sul-Sudeste. Neste caso, as importações do Sul devem passar de 10.500 MW de 2020, para 11.400 MW em 2023 e, na importação do Sudeste pelo Sul, o valor passa de 10.100 MW para 11.700 MW.

Um desafio a ser enfrentado pelo planejamento da transmissão consiste no envelhecimento do sistema de transmissão brasileiro, realidade que tende a se tornar mais crítica nos próximos anos. Há que assegurar a substituição racional da infraestrutura do sistema elétrico em fim de vida útil de modo que a malha de transmissão possa operar com os níveis de confiabilidade e qualidade exigidos pela sociedade.

Também são previstos R$ 35,2 milhões de 2021 a 2030 em potenciais investimentos para a substituição de ativos em final de vida útil regulatória. Esse é considerado um grande desafio do planejamento apontado pela EPE. No entanto, o final da vida útil é determinado pelo seu proprietário.

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