Copel lança chamada pública para contratação de 50 MW médios de GD

A Copel lançou chamada pública até 16 de fevereiro para a contratação de energia proveniente de autogeradores. A previsão é contratar até 50 MW médios de energia, equivalente a 1,9% de sua carga anual, pelo prazo de cinco anos.

A chamada vai abranger produtores independentes de energia elétrica de pequeno e médio porte, que geram de 1 a 30 MW, sem restrição da fonte geradora, com custo máximo de venda de R$ 311/MWh.

Apesar de não apresentar restrições, o público-alvo do programa é serão as centrais geradoras hidrelétricas (CGHs), pequenas centras hidrelétricas (PCHs) e termelétricas a biomassa, seja de cana-de-açúcar, cavaco de madeira, ou de biogás.

Os produtores deverão estar localizados em uma das 32 macrorregiões do estado do Paraná, que contempla cerca de 100 municípios.

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Os proponentes terão que apresentar garantias de manutenção da sua microrrede e controle sobre a potência por, pelo menos, cinco horas ininterruptas. Esse critério foi estabelecido com base no tempo médio de atendimento da Copel na troca de um poste, por exemplo.

A autorização que foi concedida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a realização da chamada pública é denominada sandbox regulatório – espécie de ambiente de teste. Nessa regra a duração e as condições são previamente delimitadas para que os agentes do setor possam pôr em prática as inovações.

Com esse projeto, a Copel espera ter repercussão direta na qualidade do serviço prestado por causa da redução das perdas e otimização do sistema (controle de tensão e perdas), sinergia com os outros projetos de distribuição, integração com a central de controle e viabilidade de mais negócios de geração distribuída, com um preço de venda competitivo.

Segundo ele, essa chamada é uma forma de aprimorar a geração distribuída porque o produtor não aproveita todo o potencial energético do seu sistema ou vende em leilões com preço de baixa competitividade. “Agora vamos viabilizar uma nova rede, com garantias e melhorias na distribuição da Copel e incentivo aos produtores locais de energia”, complementou.