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Um terço das obras de ampliação de linhas e subestações de energia está fora do prazo – Edição da Manhã

Reportagem do jornal O Globo mostra que pelo menos um terço dos empreendimentos voltados para a ampliação das redes de transmissão e subestações de energia em todo o Brasil está atrasado. O número foi revelado pelo relatório trimestral de fiscalização da expansão da rede de transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN). Em média, são 1.005 dias de atraso, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A Aneel monitora atualmente 383 empreendimentos de expansão da rede básica de energia elétrica do país, usados para escoar a energia gerada pelas usinas hidrelétricas, térmicas, eólicas e solares. Desses, 125 empreendimentos estão com andamento atrasado, o equivalente a 32,1% do total. Outros 38,5% estão adiantados e 25,1% estão dentro do prazo para 4,1% não há informações.

A reportagem ressalta que a expansão da rede de transmissão tem por objetivo garantir mais segurança ao sistema elétrico, aumentando o intercâmbio de eletricidade entre regiões e ampliando a possibilidade de gerar mais energia.

Geração de energia solar pode perder incentivos

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Um acórdão publicado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), na última quarta-feira (18/11), dá à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prazo de 90 dias para apresentar um plano de ação para encerrar os incentivos dados a consumidores que possuem sistema de geração distribuída.

A decisão surgiu de uma representação do Ministério Público (MP). No relatório entregue ao TCU, o MP afirmou que o atual arranjo da Resolução Normativa (REN) 482/2012 da Aneel incorre em tratamento discriminatório entre consumidores que possuem sistema de geração distribuída e os que não possuem tal estrutura de geração de energia. O MP apontou que a agência reguladora estabeleceu diferenciação tarifária entre consumidores sem autorização por lei.

A relatora do acórdão, ministra Ana Arraes, acatou o pedido do Ministério Público e determinou que a Aneel apresente um plano de ação contendo as medidas a serem tomadas, nomes dos responsáveis pelas ações e prazos para a implementação das mudanças com o objetivo de “retirar a diferenciação tarifária percebida entre consumidores de energia elétrica”. (Diário do Comércio, de Minas Gerais)

Energia, telefonia e bancos são campeões de reclamação no Procon-SP em ano de pandemia

A pandemia de covid-19 elevou em 84,5% o número de atendimentos do Procon-SP nos dez primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período de 2019. Segundo dados obtidos pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, foram feitas 638.750 reclamações entre janeiro e outubro, muito mais que as 346.1858 no mesmo período de 2019.

O setor de energia elétrica teve 85.036 queixas e lidera a lista de reclamações do Procon-SP, o serviço de defesa do consumidor, em 2020. No ano passado, estava na 6ª colocação com 8.916 atendimentos. O salto quase dez vezes maior é reflexo da decisão da empresa Enel Distribuição São Paulo (Enel), de substituir, no período de março a maio, a leitura dos medidores nas residências pela cobrança com base na média dos 12 últimos meses. Quando o serviço foi retomado, em junho, foram registradas alterações nos valores, motivo das reclamações.

Embraer e EDP fazem parceria para avião elétrico 

Os jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo informam que a Embraer e a EDP firmaram parceria para o desenvolvimento tecnológico de avião elétrico. A notícia foi publicada, em primeira mão, ontem (20/11), pelo Valor Econômico.

PANORAMA DA MÍDIA

A morte, em decorrência de espancamento, de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, na noite de quinta-feira (19/11), é o principal destaque dos jornais neste sábado (21/11). Os agressores são dois seguranças de uma unidade do supermercado Carrefour em Porto Alegre.

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A Folha de S. Paulo informa que Freitas erra negro, morreu sob as vistas de testemunhas e teve seu assassinato filmado. Laudo preliminar do Instituto-Geral de Perícias de Porto Alegre aponta asfixia como a causa mais provável da morte. Segundo a delegada que apura o crime, Roberta Bertoldo, da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Porto Alegre, os seguranças Magno Braz Borges e Giovane Gaspar da Silva ficaram em cima das costas de Freitas quando o espancavam, dificultando sua respiração. Os homens, que trabalham para o Grupo Vector, foram presos em flagrante por homicídio qualificado.

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Em editorial, a Folha de S. Paulo aborda a morte de João Alberto Silveira Freitas. “Se as circunstâncias do episódio ainda precisam ser apuradas com todo rigor, não há como desconsiderar o racismo que perpassa a sociedade brasileira, pelo excesso de vidas que destruiu e destrói. Os dados sobre a violência impedem que se ignore o tema. Pretos e pardos, as classificações do IBGE amalgamadas no conceito de negro, são três quartos das vítimas de assassinatos, embora perfaçam 56% da população do país.”

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O jornal O Estado de S. Paulo publicou uma série de reportagens sobre a agressão e morte de João Alberto. Em uma delas, mostra as manifestações e protestos realizados em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza. Na capital do Rio Grande do Sul, a manifestação começou no início da tarde, em frente à unidade do Carrefour, onde aconteceu o crime. Em São Paulo, manifestantes se concentraram no vão do Masp por volta das 16h. Cerca de duas horas depois, um grupo de mais de 600 pessoas iniciou uma caminhada em direção ao Carrefour da Pamplona, onde o ato terminou em depredação à unidade do supermercado.

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Em nota, o Carrefour informou que entrará com queixa-crime contra os responsáveis pela morte de João Alberto e que romperá contrato com a empresa que responde pelos seguranças. Conforme reportagem do jornal O Globo, a Brigada Militar destacou que um dos agressores não estava em serviço policial e será avaliado “com todos os rigores da lei”.

A Polícia Federal afirmou que fará uma fiscalização extraordinária na empresa Vector Segurança Patrimonial, responsável pela segurança da loja do Carrefour. A Vector afirmou, em comunicado, que se sensibiliza com os familiares da vítima e que não tolera nenhum tipo de violência, “especialmente as decorrentes de intolerância e discriminação”.

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