O governo estuda ofertar sítios para estocagem subterrânea de gás natural na próxima edição da Oferta Permanente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Também está sendo avaliada pelo governo e a autarquia a inclusão de áreas para captura de carbono no processo licitatório.
“Não só podem estar na Oferta Permanente sítios para captura de carbono como outro ponto que é muito importante para nós do Ministério de Minas e Energia, e já temos conversado com a ANP, é a possibilidade de termos na Oferta Permanente sítios para estocagem subterrânea de gás natural”, disse o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da pasta, José Mauro Coelho, em entrevista coletiva após a sessão pública do segundo ciclo da Oferta Permanente, nesta sexta-feira, 4 de dezembro.
O secretário lembrou que o Brasil hoje não tem nenhum sítio para estocagem de gás natural. “E isso seria muito interessante, principalmente, por conta do despacho termelétrico, tendo em vista as fontes intermitentes que temos na nossa matriz, em especial as fontes eólica e solar. Então podemos ter no próximo ciclo de Oferta Permanente sítios para estocagem subterrânea de gás natural’, afirmou Coelho.
Com relação à oferta de áreas para captura de carbono, o diretor-geral interino da ANP, Raphael Moura, explicou que a Oferta Permanente permite flexibilizar algumas medidas, por exemplo compromissos egressos de fase exploratória ou de reestimulação de poços. Segundo ele, o mercado de captura de carbono tende a crescer no futuro. “É claro que a indústria do petróleo se moderniza e apoia os conceitos de sustentabilidade”, destacou.