Relatório do Corpo de Bombeiros do Amapá afirma que a subestação de energia elétrica de Macapá que pegou fogo, causando o apagão que durou mais de 20 dias no estado no mês passado, não tinha sistemas para prevenir incêndios e nem um plano de ação em caso de acidentes. O documento faz parte do relatório final do Operador Nacional do Sistema (ONS), divulgado ontem (07/12).
Havia apenas, segundo o documento, “uma parede que separava o transformador sinistrado dos demais”, que não era suficiente para conter as chamas. Além disso, no entorno do transformador que pegou fogo havia equipamentos que poderíam ter pegado fogo, como caminhões. Segundo os bombeiros, funcionários da subestação chegaram a tentar religar a energia ainda durante o incêndio, o que poderia colocar em risco os profissionais que agiam no local. A religação não ocorreu. (O Globo)
Apolo Energia aposta em comercialização
O grupo Apolo Energia, dos investidores Pedro Camanho e Alex Seibel, está estreando no segmento de comercialização de energia, informa o Valor Econômico. A empresa chega a um mercado cada vez mais competitivo com um capital social de R$ 10 milhões e tem como meta conquistar uma carteira de 500 clientes em dois anos. A partir de 2022, pretende atingir o faturamento de R$ 1 bilhão por ano, transacionando 1 GW gigawatt (GW) por mês, informam seus executivos.
Engie vai ao STJ para retomar obra no Paraná
A Engie apresentou ontem (07/12) o Superior Tribunal de Justiça (STJ) um pedido de suspensão da liminar da Justiça do Paraná que levou à paralisação das obras do projeto de linhas de transmissão “Gralha Azul”.
A companhia já recorreu ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região para tentar reverter a decisão, mas teve o pleito negado. No pedido ao STJ, a Engie afirma que o empreendimento já recebeu manifestações favoráveis de todos os órgãos, diretamente e indiretamente, envolvidos no licenciamento ambiental, de forma que não restaria dúvida sobre a legalidade do processo.
Reportagem do Valor Econômico explica que o empreendimento de transmissão de energia em construção no Paraná é alvo de duas ações civis públicas, que pedem a invalidação de licenças obtidas junto ao órgão paraense Instituto Água e Terra (IAT).
Os caminhos da energia no Brasil
O jornal O Estado de S. Paulo traz hoje (08/12) um série de reportagens sobre a transformação do setor de energia no Brasil e no mundo, mostrando que em termos de fontes energéticas, o peso das renováveis é cada vez maior e esse é um caminho inevitável.
O Brasil tem uma vantagem competitiva nesse quesito, por ter água, sol e vento para gerar energia em abundância. As reportagens publicadas nessa série especial do Estado colocam em discussão quais são as lições de casa que precisam ser feitas para o país não perder oportunidades estratégicas.
Tanto para o consumidor quanto para as indústrias, a energia brasileira ainda é cara. Em termos de matrizes energéticas para uma transição sem sobressaltos do mundo do petróleo para o mundo renovável, a reportagem pergunta até que ponto o gás natural merece ter maior atenção? Além do médio e longo prazos, o setor também foi fortemente atingido pela pandemia e as empresas estão buscando soluções em seus cotidianos para virar rapidamente o jogo. Inclusive investindo em tecnologia e se preparando, por exemplo, para uma das grandes revoluções que vêm por aí, a do mercado livre de energia elétrica.
Geração distribuída tem potencial para R$ 50 bilhões, indica estudo do setor
O mercado de geração distribuída, ou seja, a produção de energia elétrica de pequeno porte realizada junto ao próprio agente consumidor, cresce a cada ano e tem um potencial de negócios de R$ 50 bilhões em uma década, informa o jornal O Estado de S. Paulo em uma das reportagens especiais publicadas hoje (08/12) sobre o cenário de transição no setor elétrico.
Essa é a estimativa de Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). Ele toma por base estimativas de mercado do relatório Bloomberg New Energy, que prevê que 32% da matriz energética brasileira será solar em 2040. E que 75% disso se dará na geração distribuída.
Esse caminho rumo à descentralização é explicitado por dados oficiais. Segundo a última Resenha Energética Brasileira, divulgada pelo Ministério das Minas e Energia em maio, a potência instalada de geração distribuída no país chegou naquele mês a 2.942 MW, sendo 94% baseados em energia solar.
PANORAMA DA MÍDIA
O principal destaque de hoje (08/12) na mídia é a vacinação contra a covid-19. Os jornais O Estado de S. Paulo e O Globo informam que, sob pressão, o Ministério da Saúde negocia 70 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela farmacêutica Pfizer, com previsão de serem fornecidas em 2021. De acordo com o Ministério da Saúde, “os termos (da negociação) já estão bem avançados e devem ser finalizados ainda no início desta semana com a assinatura do memorando de intenção”.
Em suas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que qualquer vacina que receber o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) será ofertada a todos os brasileiros, de graça.
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A Folha de S. Paulo destaca que o plano de vacinação contra a covid-19, em São Paulo, foi anunciado ontem (07/12) pelo governador João Doria (PSDB) e prevê o início da imunização no dia 25 de janeiro.
Deverão ser vacinados primeiro os profissionais de saúde, as pessoas com mais de 60 anos e grupos vulneráveis como indígenas e quilombolas, totalizando 9 milhões de pessoas. O custo só com a logística será de R$ 100 milhões aos cofres paulistas.
A vacina será a Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, e que será produzida em São Paulo pelo Instituto Butantan. Ainda não foram divulgados os resultados da fase 3 dos testes realizados. Após a divulgação, a vacina será submetida à aprovação da Anvisa.
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O Valor Econômico destaca que, na tentativa de superar a desconfiança do mercado e tirar do papel a Ferrogrão, projeto com 933 quilômetros de extensão entre Sinop (MT) e Miritituba (PA), o governo desenhou um mecanismo inédito no setor ferroviário.
O plano, formulado pelo Ministério da Infraestrutura, é colocar à disposição da futura concessionária até R$ 2,2 bilhões em recursos da União para bancar os chamados “riscos não gerenciáveis” do empreendimento, como compensações ambientais inesperadas e aumentos de custos com desapropriações. O investimento inicial necessário para a megaferrovia é estimado em R$ 8,4 bilhões.