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Energisa, CPFL, Eletrobras: o que esperar do setor de energia em 2021? – Edição da Tarde

O portal e-investidor, do jornal O Estado de S. Paulo, traz hoje (11/12) uma análise sobre o setor de energia elétrica, do ponto de vista econômico, na qual destaca a resiliência das empresas elétricas durante a pandemia da covid-19 e cita dois motivos em especial. Por se tratar de um segmento fundamental, as empresas do ramo ficam fora das medidas de restrição impostas pelo governo. Além disso, a demanda por energia vem se mostrando sólida por todo o período.

As empresas do setor atuam em três grandes frentes: geração, transmissão e distribuição. Cada uma delas tem um destes segmentos como o principal (e nada impede que desenvolvam ao mesmo tempo os demais segmentos, mas em menor proporção).

De acordo com a análise do portal, o segmento de geração apresenta certa segurança, mas depende da matriz energética utilizada. Estão neste segmento empresas como Omega e Engie O ramo de transmissão é considerado o mais seguro dos três, pois não está sujeito à inadimplência ou ao nível de atividade econômica. A Taesa é um dos exemplos. A distribuição é considerado o mais volátil de todos, pois lida diretamente com o consumidor e está sujeito aos níveis de atividade econômica. Energisa e CPFL atuam neste ramo.

Para Paloma Brum, economista da Toro Investimentos, as empresas de distribuição tendem a ser mais afetadas pela economia do que as outras. “As distribuidoras sofrem mais impactos, pois entregam bens de utilidade pública”, diz. Já as transmissoras de energia, como a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista e a Taesa, possuem contratos de longo prazo, o que traz uma previsibilidade maior das receitas. “Independentemente do cenário de crise, as empresas já têm energia contratada nestes acordos”, diz Paloma. A análise do portal e-investidor considera, também o desempenho das empresas do setor de energia em Bolsa.

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Conta de luz deve ter cobrança de bandeira amarela em janeiro, avaliam especialistas

Após um dezembro marcado pelo acionamento da bandeira vermelha patamar 2, em janeiro a cobrança deve se arrefecer, mas pode ainda não ser zerada, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Especialistas no mercado de energia apontam para a perspectiva de que pelo menos a bandeira amarela seja acionada, já que ainda deve ser necessário o uso de algumas usinas térmicas. Com isso, a taxa adicionada à conta de luz deve diminuir dos atuais R$ 6,243 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos para R$ 1,343 a cada 100 KWh.

Na visão de agentes do mercado de energia, a opção pelo acionamento da bandeira vermelha em dezembro refletiu o pico do cenário crítico de hidrologia, mas o pior já passou. “Hoje, quando fazemos a projeção, já temos uma expectativa de que para janeiro tenha bandeira amarela, e para fevereiro, com o retorno das chuvas para os níveis médios, a bandeira fique verde”, afirmou a gerente da consultoria Thymos Energia, Ana Carolina Silva.

Desestatização da Eletrobras vai à pauta do Congresso no primeiro semestre de 2021, diz líder do governo

O líder do governo no Congresso, o senador Eduardo Gomes (MDB-TO), defendeu que a desestatização da Eletrobras será um dos temas prioritários em 2021, e há perspectivas concretas para a votação. “Esse assunto entrará obrigatoriamente na pauta do primeiro semestre, sem dúvida”, afirmou, durante evento promovido pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).

O senador defendeu que o otimismo com o tema vem na esteira de diversos outros projetos avançando no Congresso e do interesse do mercado na infraestrutura do Brasil. “Tenho certeza que a partir de fevereiro esse assunto (desestatização da Eletrobras), diante dos vários leilões de ferrovias e rodovias, parcerias em saneamento, tudo isso faz com que a pauta Eletrobras não seja uma ilha”, afirmou.

Eduardo Gomes observou ainda que o Congresso precisa criar um ambiente para o tema Eletrobras que tenha um conteúdo político e menos ideológico. “O projeto tem de ser visto como investimento no setor elétrico”, afirmou, relembrando a crise energética no Amapá. (Agência Estado)

Geração térmica, inflação e covid-19 devem pressionar contas de luz em 2021

O cenário hidrológico desfavorável, que levou à necessidade de maior geração de termelétricas, é somente mais um dos fatores que pesarão sobre as tarifas de energia elétrica em 2021. Adicionalmente a isso, há outras pressões sobre os reajustes de 2021, como início do pagamento do empréstimo da Conta-Covid, custos relacionados ao apagão do Amapá, atualização pela inflação de contratos existentes, entre outros fatores.

Especialistas ouvidos pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo dizem, no entanto, que ainda é difícil estimar um valor médio para o aumento das contas de luz.

PANORAMA DA MÍDIA

O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (11/12) medidas para reduzir o horário de funcionamento de estabelecimentos à noite, como bares e restaurantes. A ideia é tentar reduzir a transmissão do novo coronavírus, que segundo os técnicos do governo tem se espalhado a partir de jovens, que têm circulado mais à noite, inclusive em eventos como festas clandestinas.

A partir de amanhã, os bares só podem funcionar até as 20h; os restaurantes e lojas de conveniência, até 22h, mas com venda de bebida alcoólica também só até 20h. Todos os estabelecimentos devem seguir protocolos sanitários, como limite de 40% de ocupação, disponibilização de álcool gel e aferição de temperatura dos consumidores. (Valor Econômico)

 

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