O portal e-investidor, do jornal O Estado de S. Paulo, traz hoje (11/12) uma análise sobre o setor de energia elétrica, do ponto de vista econômico, na qual destaca a resiliência das empresas elétricas durante a pandemia da covid-19 e cita dois motivos em especial. Por se tratar de um segmento fundamental, as empresas do ramo ficam fora das medidas de restrição impostas pelo governo. Além disso, a demanda por energia vem se mostrando sólida por todo o período.
As empresas do setor atuam em três grandes frentes: geração, transmissão e distribuição. Cada uma delas tem um destes segmentos como o principal (e nada impede que desenvolvam ao mesmo tempo os demais segmentos, mas em menor proporção).
De acordo com a análise do portal, o segmento de geração apresenta certa segurança, mas depende da matriz energética utilizada. Estão neste segmento empresas como Omega e Engie O ramo de transmissão é considerado o mais seguro dos três, pois não está sujeito à inadimplência ou ao nível de atividade econômica. A Taesa é um dos exemplos. A distribuição é considerado o mais volátil de todos, pois lida diretamente com o consumidor e está sujeito aos níveis de atividade econômica. Energisa e CPFL atuam neste ramo.
Para Paloma Brum, economista da Toro Investimentos, as empresas de distribuição tendem a ser mais afetadas pela economia do que as outras. “As distribuidoras sofrem mais impactos, pois entregam bens de utilidade pública”, diz. Já as transmissoras de energia, como a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista e a Taesa, possuem contratos de longo prazo, o que traz uma previsibilidade maior das receitas. “Independentemente do cenário de crise, as empresas já têm energia contratada nestes acordos”, diz Paloma. A análise do portal e-investidor considera, também o desempenho das empresas do setor de energia em Bolsa.
Conta de luz deve ter cobrança de bandeira amarela em janeiro, avaliam especialistas
Após um dezembro marcado pelo acionamento da bandeira vermelha patamar 2, em janeiro a cobrança deve se arrefecer, mas pode ainda não ser zerada, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Especialistas no mercado de energia apontam para a perspectiva de que pelo menos a bandeira amarela seja acionada, já que ainda deve ser necessário o uso de algumas usinas térmicas. Com isso, a taxa adicionada à conta de luz deve diminuir dos atuais R$ 6,243 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos para R$ 1,343 a cada 100 KWh.
Na visão de agentes do mercado de energia, a opção pelo acionamento da bandeira vermelha em dezembro refletiu o pico do cenário crítico de hidrologia, mas o pior já passou. “Hoje, quando fazemos a projeção, já temos uma expectativa de que para janeiro tenha bandeira amarela, e para fevereiro, com o retorno das chuvas para os níveis médios, a bandeira fique verde”, afirmou a gerente da consultoria Thymos Energia, Ana Carolina Silva.
Desestatização da Eletrobras vai à pauta do Congresso no primeiro semestre de 2021, diz líder do governo
O líder do governo no Congresso, o senador Eduardo Gomes (MDB-TO), defendeu que a desestatização da Eletrobras será um dos temas prioritários em 2021, e há perspectivas concretas para a votação. “Esse assunto entrará obrigatoriamente na pauta do primeiro semestre, sem dúvida”, afirmou, durante evento promovido pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).
O senador defendeu que o otimismo com o tema vem na esteira de diversos outros projetos avançando no Congresso e do interesse do mercado na infraestrutura do Brasil. “Tenho certeza que a partir de fevereiro esse assunto (desestatização da Eletrobras), diante dos vários leilões de ferrovias e rodovias, parcerias em saneamento, tudo isso faz com que a pauta Eletrobras não seja uma ilha”, afirmou.
Eduardo Gomes observou ainda que o Congresso precisa criar um ambiente para o tema Eletrobras que tenha um conteúdo político e menos ideológico. “O projeto tem de ser visto como investimento no setor elétrico”, afirmou, relembrando a crise energética no Amapá. (Agência Estado)
Geração térmica, inflação e covid-19 devem pressionar contas de luz em 2021
O cenário hidrológico desfavorável, que levou à necessidade de maior geração de termelétricas, é somente mais um dos fatores que pesarão sobre as tarifas de energia elétrica em 2021. Adicionalmente a isso, há outras pressões sobre os reajustes de 2021, como início do pagamento do empréstimo da Conta-Covid, custos relacionados ao apagão do Amapá, atualização pela inflação de contratos existentes, entre outros fatores.
Especialistas ouvidos pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo dizem, no entanto, que ainda é difícil estimar um valor médio para o aumento das contas de luz.
PANORAMA DA MÍDIA
O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (11/12) medidas para reduzir o horário de funcionamento de estabelecimentos à noite, como bares e restaurantes. A ideia é tentar reduzir a transmissão do novo coronavírus, que segundo os técnicos do governo tem se espalhado a partir de jovens, que têm circulado mais à noite, inclusive em eventos como festas clandestinas.
A partir de amanhã, os bares só podem funcionar até as 20h; os restaurantes e lojas de conveniência, até 22h, mas com venda de bebida alcoólica também só até 20h. Todos os estabelecimentos devem seguir protocolos sanitários, como limite de 40% de ocupação, disponibilização de álcool gel e aferição de temperatura dos consumidores. (Valor Econômico)