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Empresa de projetos eólicos Casa dos Ventos terá comercializadora de energia – Edição da Manhã

A desenvolvedora de projetos de geração eólica Casa dos Ventos se prepara para abrir uma empresa de comercialização de energia, que ficaria responsável por vender a produção de usinas do grupo e também atuaria em outras operações no mercado elétrico.

O lançamento da comercializadora está previsto para janeiro de 2021, informou a empresa, por meio da assessoria de imprensa. A aposta da Casa dos Ventos ocorre num momento de forte movimentação no mercado livre de energia, destaca reportagem da revista Exame.

O setor tem atraído interesse de bancos como ABC Brasil, Itaú, Daycoval e Santander, e de diversas outras empresas, o que deve fomentar a competição no ramo e mesmo operações de fusões e aquisições. No fim de novembro, a BR Distribuidora anunciou a compra de uma fatia de 70% na Targus Energia, por R$ 62,1 milhões, com opção de compra da fatia restante. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) contabilizava 389 comercializadoras de energia ativas em outubro, cerca de 13% a mais que em janeiro, quando eram 343.

Venda de distribuidoras de energia está no radar de privatizações para 2021

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As privatizações no setor elétrico prometem estar no radar do governo e de investidores em 2021, informa o jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a reportagem, em meio a um cenário de juros baixos, estão no foco, além do avanço do processo de desestatização da Eletrobras, a venda dos braços de distribuição e de geração e transmissão (GT) da estatal gaúcha CEEE, a distribuidora amapaense CEA, além de possíveis avanços na desestatização da mineira Cemig.

Desses, o processo mais avançado é o da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). O edital da distribuidora CEEE-D já foi lançado, com entrega das propostas marcada para 29 de janeiro e leilão agendado para 3 de fevereiro, na B3, em São Paulo.

A concessionária opera em 72 municípios, incluindo a região metropolitana de Porto Alegre, totalizando 26% do estado, com mais de 1,7 milhão de clientes, ou 35% da população gaúcha.

Sua situação financeira, no entanto, é problemática, o que acaba se refletindo no valor do ativo: o governo gaúcho definiu em R$ 50 mil o valor mínimo pelo correspondente a 65,87% do capital da CEEE-D.

A intenção é vender, também, os ativos de geração e transmissão reunidos na CEEE-GT, mas esse processo está mais atrasado. No início de dezembro, o governador Eduardo Leite (PSDB) indicou que o edital de privatização desta empresa seria publicado até março de 2021.

A reportagem do Estadão ressalta que, na distribuição, outro ativo com perspectiva de ser privatizado em breve é a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). Operando sem contrato de concessão desde 2015 e acumulando dívidas, a empresa precisa ser privatizada até o fim de junho de 2021. A data está prevista na Medida Provisória 998, que ainda depende de aval do Senado.

Promessa de Zema, oferta da Cemig é aguardada pelo setor elétrico

Em uma segunda reportagem sobre o tema da privatização de estatais de energia elétrica, o jornal O Estado de S. Paulo informa que uma das operações de privatização mais aguardadas pelo setor é a venda da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), uma promessa de campanha do governador Romeu Zema (Novo).

No entanto, o executivo mineiro tem tido dificuldade de avançar com o tema, que depende do Legislativo estadual. Pesa também a resistência da população à venda da empresa. Em sondagem feita pela reportagem, 55% dos entrevistados se disseram contrários à venda da empresa ao setor privado. “Já iniciamos um trabalho de comunicação. (A privatização) vai acontecer, sim, mas pode demorar mais do que o esperado e ter alguns reveses até esse caminho”, disse o governador, em um evento recente.

Na semana passada, o presidente da Assembleia Legislativa mineira, Agostinho Patrus (PV), chegou a declarar à imprensa local que faltam clareza, diálogo e entendimento para que projetos de privatização, como o da Cemig, consigam ser aprovados.

Energia renovável: parceria poderá viabilizar projetos

O portal O Fluminense informa que a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio e a Universidade Federal Fluminense (UFF) discutem a possibilidade de desenvolver um parque de energia renovável e um centro de pesquisa sobre o tema no estado.

“Pensamos estabelecer os núcleos de iniciação científica em todas as oito regiões do estado (região metropolitana, Noroeste Fluminense, Norte Fluminense, Serrana, Baixadas Litorâneas, do Médio Paraíba, Centro-Sul Fluminense e Costa Verde), e desde já contamos com a parceria da UFF para que a iniciativa aconteça no início de 2021”, afirmou o secretário Sérgio Luiz Costa Azevedo Filho. O reitor da UFF, Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, salientou que a universidade está a serviço do estado do Rio de Janeiro.

PANORAMA DA MÍDIA

O jornal O Globo informa que Jair Bolsonaro foi o presidente que mais editou medidas provisórias (MPs) nos dois primeiros anos de mandato, se comparado com os seus antecessores, pelo menos desde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por outro lado, ele amarga o pior aproveitamento na conversão dessas MPs em leis. Bolsonaro baixou até agora 147 MPs, um pouco à frente de Lula (131), no período analisado, e bem à frente de Michel Temer (101) e Dilma Rousseff (81).

Entretanto, considerando apenas as MPs com tramitação encerrada nos dois primeiros anos, Bolsonaro só conseguiu aprovar 45% das medidas. É o pior desempenho entre os últimos presidentes. Quem mais aprovou MPs nos seus primeiros dois anos foi Lula (94%), seguido por Dilma (85%). Nessa época, no entanto, o rito de tramitação era diferente, porque não era obrigatório passar pela comissão mista. A regra foi alterada em 2012, no início do segundo ano de mandato de Dilma. O aproveitamento de Temer também foi melhor do que o de Bolsonaro: 59%.

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O principal destaque da edição deste sábado (26/12) do jornal O Estado de S. Paulo é a atuação de hackers na internet. De acordo com a reportagem, um ataque de hacker capaz de derrubar o site de uma grande empresa, um tribunal de Justiça ou um órgão do governo é vendido sem restrições. O mercado criminoso oferece serviços de sobrecarregar páginas virtuais em fóruns da Deep Web, uma camada da internet não acessível por navegadores e endereços convencionais.

Os preços pelas ações variam conforme o impacto e o tempo da ação cibernética. A lista de preços médios dos crimes virtuais comercializados na Deep Web é divulgada anualmente pelo Privacy Affairs, um coletivo de profissionais de cibersegurança. Na cotação mais recente, um ataque tipo DDoS com até 50 mil requisições a cada segundo e duração de uma hora sai por US$ 10 dólares.

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A Folha de S. Paulo informa que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem ao menos quatro votos para decidir que não cabe recurso contra julgamento do Tribunal do Júri que absolva réu na contramão das provas indicadas no processo.

A análise do tema ocorre em um recurso que discute se o tribunal de segunda instância pode determinar a realização de um novo júri caso o primeiro tenha inocentado o investigado por clemência, piedade ou compaixão e de forma manifestamente contrária aos indícios presentes nos autos.

Na análise do recurso que teve julgamento iniciado em outubro, o Ministério Público de Minas Gerais afirmou que aceitar a absolvição por clemência, sem possibilidade de recurso, significa o Supremo autorizar o restabelecimento da vingança e da justiça com as próprias mãos.

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