Há um ano e oito meses no comando das distribuidoras de energia no Amazonas e Roraima, privatizadas em 2018 pela Eletrobras, a Oliveira Energia tem avançado com o plano de virada dos negócios, mas quer acelerar esse processo a partir deste ano.
Nesse sentido, a companhia reformulou o conselho de administração das empresas no fim do ano passado e trocou a diretoria da distribuidora amazonense, seu ativo mais desafiador, ressalta reportagem publicada hoje (11/01) pelo Valor Econômico. Com essas mudanças já concluídas, a Oliveira Energia está revisando o plano de investimentos.
De 2021 a 2025, estão previstos R$ 4,1 bilhões em aportes, concentrados principalmente na expansão da rede no Amazonas (60% do total). Ao Valor, Orsine Oliveira, sócio da Oliveira Energia, explicou que as mudanças de gestão têm como objetivo harmonizar o ritmo de “turnaround” das duas distribuidoras, fazendo com que esse processo caminhe da mesma forma nos dois estados.
Segundo o executivo, os trabalhos de melhoria de eficiência, redução de custos e de perdas de energia vinham evoluindo mais rápido em Roraima. Por isso, optou-se por implementar uma gestão “dupla”, levando os diretores de lá para a rede no Amazonas.
Mercado aponta para gás natural e GLP como fontes para sustentar o crescimento no país a partir de 2021
O portal Petronotícias informa que o projeto Perspectivas 2021 desta segunda-feira (11/01) coloca em foco o gás natural e o gás liquefeito de petróleo (GLP ou gás de cozinha). Foram convidados para a discussão, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigas), Sergio Bandeira de Mello, e o presidente-executivo da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Augusto Salomon.
Segundo eles, a expectativa do setor em relação ao GLP é de crescimento da demanda em torno de 1,5% a 2% em 2021. O presidente do Sindigas defende ainda que o combustível seja usado para além da cozinha, abraçando também a geração de energia. “A crise do Amapá, em parte, nos mostrou o quanto o GLP é capaz de responder com eficiência a múltiplas possibilidades de uso, pois não faltou GLP em um único dia em meio ao apagão”, lembrou Bandeira de Mello.
Para o presidente da Abegás, o gás natural é visto como a energia de base para uma transição energética. Ele ressalta que o uso de térmicas a gás na base é uma solução estruturada para o setor elétrico brasileiro. O presidente-executivo da Abegás também citou os grandes volumes do combustível no pré-sal e acredita que o insumo só será aproveitado se houver demanda firme e infraestrutura suficiente para escoá-lo, processá-lo e transportá-lo até indústrias, comércios e residências. O portal publicou entrevistas com os dois convidados.
ANP vê leve desconcentração na distribuição de combustível
O mercado brasileiro de distribuição de combustíveis passou, entre 2014 e 2019, por um movimento de desconcentração, de acordo com estudo recente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgado em reportagem do Valor Econômico.
Apesar do avanço, o Brasil ainda possui grau expressivo de concentração e há dúvidas se as empresas menores conseguirão continuar a ganhar mercado nos próximos anos, mesmo com a entrada de investidores internacionais e a abertura do refino.
Embora novos agentes tenham desembarcado no Brasil, ainda não há um consenso sobre os rumos da distribuição. O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) destaca, por exemplo, que o fim do monopólio no refino tende a trazer competição para toda a cadeia. Já as pequenas distribuidoras regionais, que vêm ampliando a participação, temem que a venda de refinarias da Petrobras para grandes distribuidoras como Ipiranga e Raízen gere uma verticalização de suas atividades. Irregularidades, como sonegações, também podem inibir investidores.
Para a ANP, o Brasil ainda pode ser classificado como um mercado de “alta concentração” ou de “concentração moderada”, a depender do indicador utilizado e do combustível em questão. Os níveis mais altos de concentração estão nas vendas de diesel e os patamares mais moderados no etanol.
PANORAMA DA MÍDIA
O jornal O Globo traz hoje (11/01) como principal destaque a agenda de privatizações, concessões e parcerias público-privadas (PPPs) dos estados em 2021. A lista de carteiras de projetos é longa e inclui de concessões de infraestrutura como rodovias e aeroportos, a parques e um matadouro de animais (em Viçosa, Alagoas).
O boom de concessões passa por estados governados por diferentes partidos e situações fiscais diversas. Em comum, buscam gestão mais eficiente e melhor alocação de recursos, o que permite ajustar o caixa dos mais endividados, especialmente em um cenário de cofres mais vazios diante dos gastos com a pandemia.
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O Valor Econômico informa que a Receita Federal tem multado empresas que pagaram tributos de acordo com os prazos estabelecidos pelo Ministério da Economia. Em razão da pandemia, o governo estendeu no ano passado o período de recolhimento das contribuições para a Previdência, PIS e Cofins. A Portaria 139 adiou para agosto e outubro os valores que deveriam ser recolhidos em março e abril. Já a Portaria 245 prorrogou a competência de maio para novembro.
Para advogados e professores da área tributária ouvidos pela reportagem, esse seria apenas mais um episódio dentre os vários problemas de interpretação e mesmo de “abusos” praticados pelo Fisco ao longo dos anos.
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O acesso ao jornalismo profissional de qualidade reduz consideravelmente a chance de um eleitor acreditar em notícias falsas, conforme mostra pesquisa acadêmica conduzida em Sâo Paulo, em novembro e dezembro, por cientistas políticos das universidades da Carolina do Norte Charlotte (EUA), federal de Minas Gerais (UFMG) e federal de Pernambuco (UFPE), em parceria com a Folha de S. Paulo e a consultoria Quaest.
Foram testadas diferentes formas de contato das pessoas com veículos de comunicação. Em uma das análises, foram selecionados dois grupos, com 500 eleitores cada, ambos com representação estatística do eleitorado paulistano. A reportagem comenta os resultados e análises obtidos a partir da pesquisa.
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que o Congresso se prepara para votar dois projetos de lei orgânica das polícias civil e militar que restringem o poder de governadores sobre braços armados dos estados e do Distrito Federal. As propostas trazem mudanças na estrutura das polícias, como a criação, na PM, da patente de general, hoje exclusiva das Forças Armadas, e a constituição de um Conselho Nacional de Polícia Civil ligado à União.