O democrata Joe Biden tomou posse como 46º presidente dos Estados Unidos nessa quarta-feira, 20 de janeiro, em uma mudança que deve acelerar a transição energética e retomar a maior economia do mundo nos trilhos do combate às mudanças climáticas.
Em sua campanha, Biden levantou a bandeira das mudanças climáticas, admitindo que a crise global existe e que demanda uma reposta coordenada. A postura diverge com a do ex-presidente Donald Trump que, além de ter prometido – e cumprido – retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, levantou questionamentos sobre fontes renováveis como solar e eólica.
Um dos compromissos de campanha de Biden envolve colocar os Estados Unidos no caminho para zerar as emissões líquidas de gases poluentes até 2050. No setor de energia, o plano é investir em renováveis para que a geração de energia elétrica zere as emissões de carbono até 2035. O foco está em fontes renováveis e combustíveis limpos.
O presidente americano pretende acelerar as pesquisas em tecnologias para armazenamento de energia, ao mesmo tempo em que serão feitos investimentos públicos pesados na infraestrutura da mobilidade elétrica, incluindo a criação de 500 mil postos de recarga.
A eletrificação da economia americana também é vista como uma forma de criação de empregos para o país. Segundo o plano de governo de Biden, as fábricas de aço e fundição de aço terão novos clientes nas indústrias de geração de energia eólica e solar, criando empregos, ao mesmo tempo em que o país vai combater as mudanças climáticas e investir em inovação e novas tecnologias.
O plano prevê ainda mudanças tributárias e incentivos fiscais para eficiência energética e geração de energia limpa, reduzindo o custo de energia e combatendo a poluição.