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Presidente da Eletrobras renuncia ao cargo – Edição da Manhã

A Eletrobras anunciou na noite de ontem (24/01) que o presidente da companhia, Wilson Ferreira Junior, renunciou ao cargo. Em fato relevante, a estatal informou que a decisão do administrador foi tomada ‘por motivos pessoais’.

O executivo permanecerá no cargo até 5 março para garantir a transição para o sucessor. O nome do próximo presidente ainda não foi anunciado e um pronunciamento foi agendado para às 15h de hoje, em teleconferência.

Nomeado pelo ex-presidente Michel Temer, Ferreira Junior assumiu a chefia da empresa em junho de 2016. Depois, foi convidado pelo governo de Jair Bolsonaro para continuar no comando da estatal. Durante sua gestão, o executivo defendeu a privatização da companhia. Em maio de 2020, Ferreira Junior confirmou a privatização da empresa para este ano.

Em dezembro, após o ministro da Economia Paulo Guedes manifestar frustração com a agenda de privatizações, sua pasta divulgou um cronograma prevendo que o governo vai se desfazer de nove empresas federais em 2021. Entre elas está a Eletrobras. A nota da estatal destaca feitos alcançados por Wilson Ferreira Junior em sua gestão. (UOL)

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Nexway receberá aporte de R$ 1 bilhão do fundo Perfin

O Valor Econômico informa que a Nexway Eficiência, subsidiária do grupo Comerc Energia, vai receber um aporte de R$ 1 bilhão do fundo de infraestrutura da gestora Perfin, o Perfin Mercury. O objetivo é investir em projetos de eficiência energética, a partir de um modelo em que a Nexway faz o investimento nas tecnologias para redução do consumo de energia e, após a aplicação da solução, o cliente paga mensalmente um valor de acordo com a economia alcançada.

O presidente da Nexway, Marcel Haratz, destaca que o Brasil tem mais de R$ 20 bilhões mapeados em oportunidades de negócios no segmento. “Eficiência energética é um processo de transformação cultural. Temos que aprender que, para ser sustentável, na verdade é preciso primeiro ser eficiente. Um país que exporta e compete globalmente perde uma competitividade gigantesca com o desperdício de energia”, diz o executivo.

Novos operadores do refino devem despontar no país a partir de 2021

Novos nomes devem começar a despontar no refino brasileiro em 2021, à medida que a Petrobras avance com seus desinvestimentos. A chegada de novos agentes no setor, no entanto, pode ocorrer não só pelas aquisições de ativos da estatal, destaca reportagem do Valor Econômico.

Na esteira do fim do monopólio do setor, empresas vivem a expectativa de tirar do papel projetos de pequenas e médias refinarias, voltadas para mercados locais. A ideia dos empreendedores é concluir este ano o licenciamento e conseguir fechar, mesmo num momento adverso da economia, a equação financeira dos projetos – que, embora de menor escala, devem exigir bilhões de reais.

Oil Group, Energy Platform (EnP) e Noxis Energy têm em carteira projetos do tipo, modulares, que podem atingir ao menos 400 mil barris/dia – 16% da capacidade autorizada do parque nacional. De acordo com a reportagem, as empresas apostam num ambiente de negócios mais favorável à atração de investidores, conforme o monopólio de refino se quebre.

Dentre os candidatos a protagonistas, nessa abertura, está a Ultrapar, que negocia a compra da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap/RS), num negócio que pode movimentar de US$ 1,2 bilhão a US$ 1,4 bilhão, segundo fontes do mercado – a Petrobras nega os valores. Já o fundo Mubadala, dos Emirados Árabes, é favorito à aquisição da Landulpho Alves (Rlam/BA). A chinesa Sinopec, a indiana Essar e a Raízen também miram os ativos à venda pela estatal.

AIE propõe emissão líquida zero em 2050 para o setor energético

A Agência Internacional de Energia (AIE) prepara um ‘’roadmap’’ (roteiro) em detalhe para o setor de energia alcançar a neutralidade de carbono até 2050. Ou seja, o que governos, companhias, investidores e cidadãos precisam fazer em termos concretos, num dos maiores desafios para as economias e sociedades.

Em entrevista ao Valor Econômico, o diretor-executivo da AIE, Fatih Birol, mostra-se confiante no crescente engajamento global pela redução das emissões. Ele aponta a energia solar como novo rei nos mercados globais de eletricidade porque está se tornando muito barata. O Brasil pode ser um país-chave, que liderará a corrida pela neutralidade em carbono. E que se beneficiará disso também.

Birol também defende a energia nuclear como uma das opções em vários países, incluindo o Brasil, para o setor de energia alcançar a meta de emissões zero líquidas na metade do século. A transformação da infraestrutura energética para alcançar esse objetivo implica, por exemplo, que já em 2030 a fatia de carros elétricos passe de 3% para 50% nas vendas anuais.

PANORAMA DA MÍDIA

O recrudescimento da pandemia, a possibilidade de restrições mais abrangentes à movimentação de pessoas e a retirada do auxílio emergencial podem prejudicar o crescimento da atividade neste ano, segundo economistas ouvidos pelo Valor Econômico.

De acordo com a reportagem, o aumento das incertezas fez com que se iniciasse um movimento de revisão das estimativas mais positivas para o Produto Interno Bruto (PIB), enquanto casas que já esperavam um crescimento mais baixo mantiveram suas expectativas mais conservadoras. Um bom número de analistas ainda espera crescimento entre 3,5% e 4% em 2021.

No último relatório Focus, do Banco Central, a mediana das estimativas de cerca de 70 casas chegou até a subir, de 3,41% para 3,45%. Mas há espaço para revisões baixistas.

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Com número limitado de doses, trabalhadores da saúde e prefeitos disputam vacina contra a covid-19, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Cidades, muitas delas vizinhas, reclamam da quantidade recebida. De outro lado, profissionais de saúde e hospitais disputam remessas e trocam acusações de favorecimento.

Os órgãos de controle também questionam critérios de rateio e investigam os fura-fila – as denúncias envolvem secretários e até prefeitos. O Ministério da Saúde estima que o primeiro lote de 6 milhões de doses da Coronavac é suficiente para as duas aplicações em 2,8 milhões de pessoas – 4% dos 68,8 milhões dos grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização (PNI).

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A Folha de S. Paulo informa que para 46% dos brasileiros, o governador João Doria (PSDB-SP) fez mais contra a pandemia da covid-19 do que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Já 28% apontam o presidente como político mais empenhado na tarefa do que o governador.

Os números foram aferidos pelo Datafolha em pesquisa nacional realizada nos dias 20 e 21 de janeiro. Foram ouvidas, por telefone, 2.030 pessoas, e a margem de erro e de dois pontos para mais ou menos.

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A pandemia agravou a desigualdade no acesso à internet no Brasil, o que pode deixar cicatrizes sociais em crianças e jovens: com a exclusão digital e a disparidade no acesso à educação, o risco de os filhos não conseguirem ter renda superior à dos seus pais quando adultos aumenta. O alerta é do Instituto de Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), criado recentemente pelos economistas Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central, e Paulo Tafner.

Reportagem do jornal O Globo mostra quue os dados cruzados pelo instituto mostram que só 29,6% dos filhos de pais que não tiveram qualquer instrução têm acesso à banda larga. Nos lares onde os pais têm curso superior, essa parcela sobe para 89,4%. E mais: 55% dos filhos de pais sem instrução não têm acesso à internet. A fatia cai para 4,9% quando os pais concluem a universidade.

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