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Contratação de 'headhunter' deve ser concluída até próxima semana, diz Wilson Ferreira

Brasília – O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, fala sobre os resultados da empresa em 2017, e apresenta o andamento do Plano Diretor de Negócios e Gestão 2018-2022 (Valter Campanato/Agência Brasil)
Brasília – O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, fala sobre os resultados da empresa em 2017, e apresenta o andamento do Plano Diretor de Negócios e Gestão 2018-2022 (Valter Campanato/Agência Brasil)

A contratação de uma empresa de recrutamento (“headhunter”) para selecionar o novo presidente da Eletrobras deve ser concluída até a próxima semana, disse Wilson Ferreira Junior, presidente da estatal, durante participação no evento Latin America Investment Conference, do Credit Suisse. O executivo anunciou sua renúncia no início da semana, quando informou que haveria a contratação de uma empresa especializada para a escolha de seu sucessor.

“Temos convicção de que temos condição plena de contratar o headhunter até a semana que vem”, disse Ferreira. Segundo ele, a profissionalização meritocrática do grupo vai garantir que pessoas com “muita qualificação” possam ser consideradas para substituí-lo.

A fim de aumentar a profissionalização do comando da companhia e reter nomes, Ferreira destacou que foram implementadas mudanças nos últimos anos, como a criação de um programa de bonificação para os executivos, alinhando os interesses da empresa com a alta performance dos executivos. Além disso, está sendo pleiteado o reajuste dos salários dos funcionários da estatal, congelados há cinco anos, “para que consigam ser suficientes para atrair e reter pessoas.”

Depois de deixar o comando da Eletrobras, Ferreira permanecerá no conselho, onde terá o compromisso de continuar buscando a privatização da estatal.

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“Não quero dizer que não acredito que a privatização vá acontecer. Acho que tem uma chance, e assumi o compromisso de ficar no conselho exatamente para fazer essa transição”, disse. Para o executivo, a pandemia do covid-19 modificou as prioridades do país, tornando mais difícil a aprovação do projeto de lei da privatização no Congresso. “Temos que reconhecer que a dinâmica do Congresso, tendo em vista o momento atual de pandemia, pode demandar ações mais urgentes e pode levar a discussão [sobre a privatização] a um prazo maior. Estarei lá para acompanhar”, afirmou.

Enquanto as chances de aprovação do projeto de lei da privatização neste ano são reduzidas, o processo segue como prioridade para os ministérios de Minas e Energia e Economia, apontou Ferreira. “Vamos continuar trabalhando com isso, e temos que respeitar que a decisão de aprovar é dos representantes do Legislativo.”