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Governo avalia cortar imposto do diesel para evitar greve dos caminhoneiros – Edição da Manhã

O Ministério da Economia avalia a redução do PIS e da Cofins sobre o diesel para atenuar o efeito do aumento do preço do combustível no bolso dos caminhoneiros, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

Publicada como principal destaque da edição desta quinta-feira (28/01), a reportagem informa que técnicos alertam, porém, que a medida só vai para frente se houver algum tipo de compensação, ou seja, elevação de outro tributo ou corte de subsídio. As opções ainda estão sendo analisadas pela área econômica.

Nos últimos dias, caminhoneiros intensificaram as ameaças de uma nova paralisação a partir de 1.º de fevereiro, e os recentes aumentos de preços anunciado pela Petrobrás adicionaram mais lenha à fogueira.

O presidente Jair Bolsonaro tem nos caminhoneiros um importante grupo de apoio a seu governo e tem se mostrado sensível às demandas da categoria. Na semana passada, a seu pedido, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) zerou o imposto de importação sobre pneus para veículos de carga. Os caminhoneiros também foram incluídos no grupo prioritário para a vacinação contra a covid-19.

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Na terça-feira, a Petrobras anunciou um reajuste de 4,4% para o preço do diesel. O valor médio do litro do combustível teve alta de R$ 0,09.

Diesel sobe mais nas refinarias do que nas distribuidoras

Na sequência de reportagens publicadas hoje (28/01) sobre o preço do diesel, o jornal O Estado de S. Paulo ressalta que a alta recente do preço do óleo diesel tem sido puxada desde o ano passado pelo primeiro elo da cadeia de venda do produto, formada pelas refinarias da Petrobras e por importadores, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

No quarto trimestre do ano passado, quando as cotações do petróleo começaram a se recompor após o pior momento da crise causada pela covid-19, o valor cobrado no primeiro elo subiu 16,6%. É mais que o triplo do reajuste nos postos de gasolina, de 4,4%, no mesmo período.

Também ficou acima da alta verificada na distribuição, segmento que compra dos produtores e importadores e repassa para o varejo, com preços 10,8% maiores.

Nesta semana, a Petrobrás anunciou mais um reajuste nas refinarias, de 4,4%, o primeiro do ano. A remarcação serviu de estopim para uma nova crise com os caminhoneiros, que ameaçam promover uma greve, nos moldes do movimento que parou o País em meio de 2018.

Segundo Sérgio Araújo, presidente da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), ao longo da cadeia de comercialização do diesel, os aumentos de preços são diluídos por outros fatores e, por isso, a alta no refino e na importação é mais aparente.

“Terei papel ativo no conselho da Eletrobras”, diz Ferreira Júnior

De saída da presidência da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior garantiu ontem (27/01) que terá uma postura ativa no conselho de administração da estatal e defendeu pautas importantes para o plano estratégico da companhia, como a medida provisória (MP) 998, que facilita a retomada da construção de Angra 3.

Em evento organizado pelo banco Credit Suisse, o executivo reafirmou que, embora esteja deixando o comando da estatal, permanecerá no conselho de administração, com o papel de fazer a gestão do projeto de privatização junto aos membros do colegiado.

“Um projeto desses não acontece sozinho, é necessário um envolvimento do conselho, representando o capital da companhia nas decisões que serão tomadas (…) Entendo que eu seja uma pessoa adequada para fazer esse papel”, disse. (Valor Econômico)

Produção de petróleo bateu recorde em 2020

A produção brasileira de petróleo bateu recorde em 2020. Num ano marcado por uma contração sem precedentes da demanda global, o país produziu, em média, 2,938 milhões de barris diários no ano passado, o que representa alta de 5,5% em relação a 2019, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Para 2021, a expectativa é que a indústria petrolífera brasileira atinja novo patamar histórico. O ano de 2020 foi o segundo ano consecutivo de crescimento da produção no Brasil. O novo recorde ocorre mesmo depois de um segundo semestre mais fraco. Os volumes de petróleo produzido no país estão em queda desde agosto. Em dezembro, houve redução de 1% ante novembro, para 2,726 milhões de barris/dia. (Valor Econômico)

Diretora da Petrobras vê avanços no refino

O Valor Econômico traz hoje (28/01) uma entrevista com Anelise Lara, executiva que depois de quase dois anos à frente da diretoria de refino e gás natural da Petrobras, está de saída da estatal. Ela deixou o cargo ontem e se desliga da estatal na segunda-feira (1º/02).

A decisão, segundo ela, é “pessoal e refletida” e vem do desejo de buscar nova posição na indústria de óleo e gás que lhe permita dedicação “mais flexível” ao trabalho. Responsável pela gestão operacional de ativos importantes no programa de desinvestimentos, a executiva se despede “confiante” no avanço da venda dos ativos, mas vê com preocupação a proximidade das eleições de 2022 e como o processo pode prejudicar a abertura do setor.

Anelise nega que os atrasos nos desinvestimentos tenham pesado na decisão de sair da Petrobras, comunicada na mesma semana em que o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., anunciou a saída da estatal elétrica, diante de dúvidas sobre a privatização da empresa.

“Períodos eleitorais são períodos desgastantes”, disse ao Valor. “Temo que, com as eleições, essa agenda de reforma econômica fique mais complicada. A Nova Lei do Gás está inserida nesse contexto. É preciso ter em mente que a abertura do mercado passa também pela solução de entraves regulatórios. A Petrobras, sozinha, não abre o mercado”, completou.

Anelise se aposenta da Petrobras depois de 35 anos de carreira na estatal. Ela conta que recebeu contatos da iniciativa privada e que aproveitará a quarentena para decidir o futuro.

PANORAMA DA MÍDIA

Reportagem publicada hoje (28/01) pelo jornal O Globo destaca que a compra de 54 milhões de doses extras da CoronaVac se tornou mais um capítulo do cabo de guerra entre o estado de São Paulo e o governo federal.

Ontem, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que espera até amanhã uma definição do Ministério da Saúde sobre a aquisição de um segundo lote do imunizante – em janeiro já foram compradas 46 milhões da vacina contra a covid-19 feita pelo instituto paulista, em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

A pasta respondeu que, por contrato, pode se manifestar sobre essa questão até maio. A demora no posicionamento, no entanto, pode atrapalhar a imunização dos brasileiros, alertam especialistas.

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O Valor Econômico informa que grandes empresas que participaram das negociações para compra da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca podem desembarcar da iniciativa que reuniu ao menos 72 nomes fortes da economia brasileira.

A dificuldade para arregimentar as 33 milhões de doses pretendidas, divergências quanto ao percentual que deverá ser doado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e a repercussão negativa na sociedade e especialistas de saúde pública levaram à reavaliação, conforme o Valor apurou.

Pesaram também questões jurídicas e de logística. Apesar das divergências dentro do grupo, as tratativas com acionistas da AstraZeneca – principalmente fundos de investimentos que disporiam desse lote do imunizante – continuam e diferentes entidades setoriais saíram em defesa da iniciativa.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou ontem (27/01) um pacote de medidas que chamou de “ambicioso” para enfrentar a crise climática, informa a Folha de S. Paulo

As ações atingem fortemente a indústria de gás e petróleo ao proibir novas explorações em terrenos públicos e cortar subsídios de combustíveis fósseis, além de estabelecer uma série de políticas para incentivar a economia de forma sustentável e citar a proteção da floresta amazônica.

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