A bandeira tarifária em fevereiro segue amarela, com custo de R$1,343 para cada 100kWh consumidos, informa a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Fevereiro é um mês típico do período úmido nas principais bacias do Sistema Interligado Nacional (SIN). No entanto, os principais reservatórios de hidrelétricas do SIN vêm apresentando recuperação lenta de níveis em função do volume de chuvas abaixo do padrão histórico para esse período do ano.
A agência explica que a combinação de reservatórios baixos com a perspectiva de chuvas abaixo da média histórica sinaliza patamar desfavorável de produção de energia pelas hidrelétricas, pressionando os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF).
A conciliação da geração esperada das hidrelétricas com o preço da energia no mercado de curto prazo (PLD) levou à caracterização do patamar amarelo para o acionamento das bandeiras. O PLD e o GSF são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada.
Mercado livre de energia reduziria em até 30%, custo para o consumidor, diz associação
A Folha de S. Paulo informa que a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) entregou, no início do mês, para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um estudo sobre a abertura do mercado brasileiro de energia elétrica.
A proposta é que os consumidores finais possam escolher seus próprios fornecedores de energia, modelo permitido apenas às empresas que gastam 2.000 watts ou mais por mês. Já o consumo médio de uma residência é de 150 watts por mês. Com a mudança, o preço para o usuário poderia ser reduzido em até 30%, argumenta a Abraceel.
A proposta, porém, encontra resistência no mercado. Um dos argumentos contrários à abertura é a dificuldade de implantação, que implicaria a troca de 82 milhões de relógios de energia. O estudo defende, no entanto, que a substituição prévia dos equipamentos não é necessária, embora afirme que a troca por relógios digitais possibilitaria maior controle sobre o consumo.
PANORAMA DA MÍDIA
A disputa política pela presidência da Câmara dos Deputados e do Senado é o principal destaque da edição de deste sábado (30/01) dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem (29/01) que considera recriar três ministérios, atualmente com status de secretarias: Cultura, Esportes e Pesca. Lideranças do Centrão, que negociam cargos em troca do apoio ao governo, afirmam que as mudanças serão pontuais, mas que as promessas feitas pelo Palácio do Planalto serão cobradas.
Os novos aliados do presidente ambicionam, porém, pastas com orçamento maior, como a da Cidadania, que gere programas assistenciais como o Bolsa Família,e a Saúde, além de pressionarem pela redução do espaço dos militares no Planalto.
Além da criação de novas pastas, o governo liberou R$ 3 bilhões em recursos “extras”, do Ministério do Desenvolvimento Regional, para 250 deputados e 35 senadores destinarem a obras em seus redutos, conforme revelou o Estadão, na última quinta-feira (28/01).
Bolsonaro adiantou que a demanda do centrão por cargos pode ser tratada caso seus aliados sejam eleitos para comandar o Congresso. O governo trabalha para eleger na segunda-feira Arthur Lira (PPAL) na Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) no Senado. A eleição será na segunda-feira (01/02).
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O principal destaque da edição de hoje (30/01) da Folha de S. Paulo é o início da vacinação de idosos no estado. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou ontem que o estado começará a vacinar contra a covid-19 idosos que vivem fora de asilos a partir de 8 de fevereiro.
Nessa data, 206 mil pessoas com 90 anos ou mais começarão a ser vacinadas. Uma semana depois, a partir de 15 de fevereiro, mais 309 mil pessoas com 85 anos ou mais serão vacinadas. No total, 515 mil idosos acima dos 85 anos serão vacinados.
A primeira fase, com trabalhadores da saúde, indígenas, quilombolas e idosos que vivem em asilos, envolve a vacinação de 1,6 milhão de pessoas.
Doria não deu data para o início da vacinação em idosos com menos de 85 anos, mas afirmou que eles fazem parte do grupo prioritário. Segundo o governador, um terço das pessoas com mais de 85 anos que foi diagnosticada com covid-19 morreu.