A liquidação das operações do mercado de curto prazo de energia de dezembro, que será concluída na próxima semana, vai contar com a quitação dos passivos de GSF de duas grandes empresas, disse Rui Altieri, presidente do conselho da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em evento virtual com jornalistas na manhã dessa segunda-feira, 1º de fevereiro.
Na liquidação das operações de novembro, realizada no início de janeiro, a AES Tietê foi a primeira a quitar os passivos, ao fazer o pagamento de R$ 1,3 bilhão. O montante, somado aos R$ 700 milhões que a companhia tinha em créditos no mercado de curto prazo, liberou R$ 2 bilhões dos valores represados por conta das liminares relacionadas ao GSF.
A AES fazia parte do grupo formado pelas empresas com maiores valores protegidos por liminares por conta do GSF, o chamado “G6”, que incluía também nomes como Light, Enel, CTG, CPFL e Brookfield. Uma dessas empresas deverá quitar os valores na próxima semana.
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“Não podemos divulgar o nome das empresas que vão quitar os valores”, disse Altieri. Segundo ele, antes da AES pagar os valores devidos, os seis maiores devedores somavam 70% da dívida no mercado de curto prazo por causa do GSF, sendo que a maior devedora era a própria AES. “Vamos ter o pagamento de um dos cincos grandes e de outra empresa”, disse Altieri.
Segundo Altieri, as empresas estão obtendo aprovação de seus conselhos de administração e seguindo as respectivas governanças para obter o aval para fazer o pagamento. Uma vantagem do pagamento antecipado é evitar o reajuste dos valores pelo IGP-M, que chegou a 23,14% em 2020. “As empresas já querem limpar os balanços de 2020”, completou.
Enquanto as empresas já aprovam a adesão à repactuação, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ainda precisa homologar os prazos de extensão de concessão que serão entregues pela CCEE até 2 de março. “A partir daí, vamos abrir o prazo para elas repactuarem realmente”, explicou.
