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Distribuidoras brasileiras encerram 2020 com sobrecontratação de 109,1%, informa CCEE - Edição da Tarde

Diante da redução inesperada no consumo de energia elétrica causada pela pandemia de covid-19, a sobrecontratação das distribuidoras brasileiras se afastou ainda mais do limite regulatório em 2020.

No encerramento do ano, as empresas contavam com um volume contratado de energia que correspondia a 109,1% da carga registrada no período. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (18/02) pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.

Em 2020, enquanto a carga no Ambiente de Contratação Regulada – ACR chegou a 43,5 gigawatts (GW) médios, os contratos registrados pelo conjunto das distribuidoras atuantes no país somavam 47,5 GW médios.

Para este ano, a estimativa da CCEE aponta para uma sobrecontratação de 105,1%, já bem próxima do teto regulatório. De acordo com o levantamento, a contratação das empresas de distribuição só deve voltar a ficar abaixo dos volumes consumidos de energia em 2025.

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Os resultados consideram a projeção mais recente publicada pela CCEE, em conjunto com o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS e a Empresa de Pesquisa Energética – EPE, para o planejamento anual.

Onda de frio no Texas abala mercado global de petróleo

Os problemas provocados pelas fortes nevascas que atingiram os Estados Unidos nos últimos dias e levaram a uma série de cortes de energia no Texas agora atingem o mercado mundial de petróleo. Mais de 4 milhões de barris diários – quase 40% da produção de petróleo dos Estados Unidos – deixaram de ser produzidos, segundo operadores e executivos.

A produção em um dos maiores centros de refino de petróleo do mundo registra forte queda. As hidrovias que ajudam a transportar petróleo dos EUA para o resto do mundo ficaram bloqueadas durante grande parte da semana.

O petróleo Brent chegou a ultrapassar US$ 65 o barril na quinta-feira, o maior nível desde janeiro passado. Spreads que indicam aperto de oferta também dispararam. Há dez meses, o preço havia caído abaixo de US$ 16 por causa do choque de demanda causado pela covid-19.

Estimativas sobre a duração dos problemas tornaram-se progressivamente mais longas nos últimos dias, à medida que analistas tentam descobrir o tempo necessário para que a infraestrutura de óleo e gás descongele, especialmente em áreas onde temperaturas muito baixas não são comuns. (Valor Econômico – conteúdo Bloomberg)

Repsol tem queda de 86% no prejuízo do 4º trimestre; o total é de 711 milhões de euros

A Repsol reportou nesta quinta-feira (18/02) um prejuízo líquido de 711 milhões de euros (US$ 857,6 milhões) no quarto trimestre de 2020, um valor 86% menor do que o prejuízo anotado um ano antes, de 5,28 bilhões de euros.

A companhia espanhola afirmou que, apesar da redução no prejuízo, os negócios sofreram com um ambiente desafiador devido à pandemia, além da queda dos preços das commodities, que prejudicaram seus estoques. Em uma base ajustada, o resultado foi de um lucro líquido de 404 milhões de euros no trimestre. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no período diminuiu 31%, para 1,26 bilhão de euros. (Valor Econômico)

Créditos de descarbonização são nicho promissor

A importância das mudanças climáticas na agenda corporativa mundial deverá posicionar os biocombustíveis em papel de destaque. Consequentemente, vai reforçar o papel do Brasil como líder de agroenergia e fomentar o programa RenovaBio, que tem entre seus pilares a emissão e a aquisição de créditos de descarbonização (C-Bios), um nicho de mercado que poderá movimentar bilhões de reais nos próximos anos.

Reportagem publicada hoje (18/02) pelo Valor Econômico, em suplemento especial sobre negócios sustentáveis, informa que o programa criado pelo governo federal em 2017, determina que as distribuidoras de combustíveis devem adquirir C-Bios para compensar as emissões relacionadas às vendas de combustíveis fósseis.

Desde abril de 2020, o mercado de ações já está apto a comercializar os C-Bios emitidos pelas usinas produtoras de etanol certificadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O início da comercialização se deu em junho. Segundo dados do governo federal, no ano passado, foram negociados, na B3, de junho a dezembro, 14,8 milhões de créditos de descarbonização, a um preço médio por papel de R$ 43,66, o que rendeu um volume financeiro de R$ 650 milhões.

PANORAMA DA MÍDIA

Depois de uma tentativa frustrada em 2019, quando o Brasil apresentou aos sócios do Mercosul uma proposta preliminar para reduzir a Tarifa Externa Comum (TEC) praticamente pela metade, a equipe econômica recolocou o assunto em sua lista de prioridades.

O Valor Econômico informa que agora estuda-se um corte linear, válido para todos os setores, de aproximadamente 20% das alíquotas de importação atuais. Segundo o jornal, o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer dar novo gás às discussões de abertura comercial. No caso da redução da TEC, Guedes considera fundamental avançar até o fim de 2021, evitando um ano eleitoral e a previsível resistência de setores mais protecionistas da indústria. Esse calendário coincide com a presidência rotativa do Brasil no Mercosul, que comandará o bloco no segundo semestre.

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A Folha de S. Paulo informa que os valores do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) sobre gasolina variavam até 74% na segunda quinzena de janeiro, entre estados. A reportagem explica que a grande disparidade entre os valores cobrados por cada estado é um obstáculo à aprovação do projeto de lei sobre o tema entregue na semana passada ao Congresso, pelo presidente Jair Bolsonaro.

Levantamento feito pela Federação Nacional do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes mostra que no estado que cobra menos, o Amapá, o ICMS sobre a gasolina correspondia a R$ 0,968 por litro. No Rio de Janeiro, que tem a alíquota mais alta do país, era de R$ 1,687 por litro. Em São Paulo, segundo mais barato, o valor era R$ 1,062.

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