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Isenção do diesel foi acertada com Guedes, mas impacto e compensação ainda são desconhecidos – Edição da Manhã

O jornal O Estado de S. Paulo informa que a decisão do presidente Jair Bolsonaro de zerar tributos sobre o diesel e o gás de cozinha por dois meses, anunciada ontem (18/02), foi acertada com o ministro da Economia, Paulo Guedes, em reunião no Palácio do Planalto.

Até agora, porém, são desconhecidos o impacto da medida e a ação que compensará a perda de arrecadação. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) exige que a compensação seja feita com a elevação de outro tributo ou corte de subsídio.

Um integrante da equipe econômica ouvido pela reportagem disse apenas que a compensação será anunciada juntamente com o envio do decreto para zerar os tributos. A assessoria de imprensa do Ministério da Economia ainda não se manifestou oficialmente.

Ainda de acordo com a reportagem, o encontro no Planalto foi convocado por Bolsonaro após a Petrobras anunciar um reajuste de 15,2% no diesel e de 10,2% na gasolina a partir desta sexta-feira (19/02). O aumento é o maior do ano, mas não o primeiro: a gasolina já acumula alta de 34,8% no ano, e o diesel, de 27,5%.

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Em 2021, o preço da gasolina subiu 34,8% e o do diesel, 27,5%

A Petrobras anunciou ontem (18/02) o maior reajuste de preços de combustíveis do ano. O óleo diesel vai ficar 15,2% mais caro em suas refinarias a partir de hoje e a gasolina, 10,2%. Com mais esse reajuste, o quarto do ano, o diesel e a gasolina já acumulam alta de 27,5% e 34,8%, respectivamente, em 2021.

Tamanho avanço de preço vai atingir o consumidor nesta semana e deve aparecer nos indicadores de inflação de março, segundo analistas. Os preços da Petrobras estão alinhados aos do mercado internacional. (O Estado de S. Paulo)

Editais para obras da retomada da primeira fase de Angra 3 serão publicados em março

A Eletronuclear programa para março o início da publicação dos editais de tomadas de preços para contratação da retomada das obras da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro. A possibilidade de retomada foi aberta a partir da aprovação da Medida Provisória (MP) 998 pelo Congresso, no início do mês.

Os recursos foram liberados na última reunião do Conselho de Administração da Eletrobras, segundo o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), Celso Cunha, que acompanha o processo.

“Para nós é o marco do renascimento do setor nuclear brasileiro, é uma grande sinalização de que a obra não está parada e vai ajudar a atrair investidores”, avalia Cunha. O plano de aceleração consiste no adiantamento das obras civis (fechamento da cúpula da usina) e montagem eletromecânica. É também uma forma de mostrar aos futuros parceiros que a construção da usina está em andamento, o que pode facilitar a segunda etapa para a construção da usina, que depende de recursos privados. (portal da revista Exame)

PANORAMA DA MÍDIA

O presidente Jair Bolsonaro fala em mudança na Petrobras após reajuste de combustíveis. Esse é o principal destaque da edição de hoje (19/02) do Valor Econômico.

Conforme explica a reportagem, no dia em que a Petrobras anunciou aumentos de 15,2% para o diesel e 10,2% para a gasolina, os maiores desde o início da gestão de Roberto Castello Branco na empresa, em janeiro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro criticou a decisão da estatal, classificando o aumento como “excessivo”.

Bolsonaro disse mais de uma vez que a estatal tem autonomia para definir preços, que essa política não é de sua responsabilidade, e que, embora não possa interferir na empresa, “alguma coisa vai acontecer na Petrobras nos próximos dias. Tem que mudar alguma coisa. Vai acontecer”, disse o presidente.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que a primeira reunião entre o governo brasileiro e o dos Estados Unidos para tratar do meio ambiente foi marcada por um recado claro enviado pelo presidente Jair Bolsonaro: o Brasil vai se comprometer com metas de redução de desmatamento e queimadas se houver a injeção direta de dinheiro estrangeiro no país.

Sem recursos dos Estados Unidos e demais países ricos, não há como proteger o meio ambiente como previsto em acordos internacionais. A necessidade de se buscar um “arranjo financeiro” para as metas de preservação do meio ambiente e redução de emissões de gases de efeito estufa marcou a conversa nesta semana, segundo fontes do governo brasileiro. Participaram do encontro os ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o enviado especial do Clima do governo americano, John Kerry.

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Em votação aberta e nominal, a Câmara dos Deputados deverá confirmar hoje (19/02) a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que levou à prisão o deputado federal bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), detido em flagrante desde terça-feira após publicar vídeo com defesa do AI-5, ameaça às instituições democráticas e incitação de agressão a ministros do Supremo. Segundo o jornal O Globo, a expectativa, até mesmo de aliados de Silveira, é pela manutenção da prisão, após um dia de movimentações nos três Poderes em torno do caso.

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A Folha de S. Paulo completa 100 anos nesta sexta-feira. A história do jornal, suas realizações e desafios, são contados em reportagem especial.

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