A geração de bioeletricidade o sistema alcançou 27.476 GWh em 2020, representando um aumento de 0,9% em relação ao ano anterior. Os dados foram divulgados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) e incluem a geração por meio de resíduos sucroenergéticos, biogás, lenha, lixívia, resíduos de madeira, capim elefante e casca de arroz.
No ano passado, o setor sucroenergético foi o responsável por 82,3% da energia elétrica gerada a partir de biomassa, num total de 22,6 mil GWh ofertados à rede. Segundo o gerente de Bioeletricidade da Unica, Zilmar Souza, 18,7 mil GWh (83%) do total gerado, ocorreu entre os meses de maio e novembro.
“Isso mostra relevância dessa geração não intermitente para a segurança energética do sistema e a modicidade tarifária na conta final do consumidor”, destacou Souza sobre a capacidade de geração num momento com maior restrição hidráulica para o setor elétrico brasileiro.
Hoje a bioeletricidade ofertada pelo setor sucroenergético representa 5% do consumo anual de energia elétrica no país, o equivalente ao atendimento de 11,7 milhões de residências. Segundo estimativas da entidade, a bioeletricidade gerada da cana-de-açúcar poupou 15% da energia capaz de ser armazenada nos reservatórios das hidrelétricas do submercado Sudeste/Centro-Oeste.
Sobre a geração acumulada, nos últimos dez anos, o montante foi de 186.436 GWh, que seria suficiente para suprir o consumo de energia elétrica do mundo por três dias, da União Europeia por 22 dias, da Europa por 17 dias, da China por 10 dias, dos Estados Unidos por 12 dias, e das Américas Central e do Sul por 62 dias.