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Interferência política na Petrobras pode pressioar geração de caixa, diz Fitch

Interferência política na Petrobras pode pressioar geração de caixa, diz Fitch

A indicação pelo governo de um novo presidente da Petrobras tem potencial negativo para a geração de fluxo de caixa da companhia, já que a interferência estatal pode prejuficar desinvestimentos e a estratégia da petroleira, segundo a Fitch Ratings.

Na sexta-feira, o presidente indicou o general Joaquim Silva e Luna como novo presidente da Petrobras, substituindo Roberto Castello Branco, que tem mandato até 20 de março. 

A indicação foi vista como interferência na estatal. Um dia antes, em 18 de fevereiro, Bolsonaro criticou em sua live semanal o último reajuste de preços de combustíveis realizado pela Petrobras e disse que, embora não possa interferir na empresa, “alguma coisa” iria acontecer na estatal nos próximos dias. 

Segundo a Fitch, a mudança de presidente em um momento em que há maior pressão social sobre os preços de diesel demonstra o impacto do risco político na estratégia da companhia.

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“A geração de fluxo de caixa, incluindo o custo de financiamento, podem ser deteriorados se a nova administração da companhia implementar uma política de preços para gasolina e diesel que desvie da paridade de importação, como aconteceu no passado”, diz a Fitch.

A Petrobras tem rating ‘BB-“, com perspectiva negativa, refletindo a nota de crédito soberana do Brasil, por ser uma empresa estatal.

No pregão dessa segunda-feira, 22 de fevereiro, as ações preferenciais da Petrobras fecharam com queda de 21,15%, a R$ 22,80. As ações ordinárias recuaram 19,96%, a R$ 22,50.