A possibilidade de alienação da participação do governo colombiano na ISA, controladora da ISA Cteep, para a petroleira colombiana Ecopetrol, de 51,4% das ações em circulação, não deve afetar as estratégias da empresa no Brasil, disse o presidente da transmissora, Rui Chammas, em teleconferência com acionistas nesta terça-feira, 23 de fevereiro.
Segundo Chammas, a empresa não tem mais informações sobre como essa operação deve ser realizada, mas aso seja concretizada, não alteraria em nada a estratégia no Brasil, dado que são negócios completamente separados.
“Vemos o movimento com bastante naturalidade, da vontade do governo de vender suas ações, e com tranquilidade do ponta de vista de continuidade estratégia e da gestão das operações aqui no Brasil”, disse Chammas.
Quanto ao questionamento de um dos analistas sobre a declaração do presidente da República, Jair Bolsonaro, que nos últimos dias disse que iria “meter o dedo na energia elétrica”, após interferência na Petrobras, Rui Chammas, declarou que não há nada de sólido para ser comentado.
“A manifestação não tem substância para que a gente possa comentar” e que “confia na vontade do governo em respeitar os contratos, que é uma condição fundamental para continuar investindo no país”, disse o presidente da transmissora.
Para 2021, a empresa possui projetos que envolvem 700 quilômetros em circuitos próprios e em parceria, que deverão representar uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 500 milhões. Ainda no primeiro trimestre deste ano, a empresa pretende energizar a LT Aguapei, com uma antecipação de seis meses do cronograma original.
Para o leilão de junho, a empresa, que está presente em 17 estados brasileiros deverá buscar projetos que tenham sinergia com o seu negócio entre os 515 quilômetros de novas linhas que serão licitados em seis estados.
“Estamos nos preparando para participar do leilão em linha com a estratégia de alocação de capital e crescimento da empresa”, destacou Silvia Wada, diretora de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da Cteep.