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Eletrobras: com novo texto, Congresso reduz resistência à privatização – Edição da Manhã

Reportagem do jornal O Globo informa que as mudanças feitas nas regras da privatização da Eletrobras, por meio da medida provisória (MP) enviada esta semana ao Congresso, podem ajudar a vencer resistências históricas dos parlamentares.

De acordo com a reportagem, na Câmara, já há deputados familiarizados com o texto que admitem a possibilidade de que a medida possa avançar dessa vez. A proposta foi encaminhada pela primeira vez em 2018, ainda durante o governo Michel Temer.

Parte da mudança de tom no Legislativo ocorre por causa de alterações feitas no texto. A nova redação dada à MP incorporou pontos que estavam sendo negociados com parlamentares nos últimos meses. As propostas viabilizam mais de R$ 8,7 bilhões em investimentos em regiões de congressistas até então resistentes ao projeto, sem contar a atualização pela inflação.

Uma delas é destinar R$ 230 milhões anualmente, por dez anos, para a revitalização das bacias hidrográficas na área de influência dos reservatórios das hidrelétricas de Furnas, subsidiária da Eletrobras com forte atuação em Minas Gerais. O texto também prevê o pagamento de R$ 295 milhões por dez anos para a “redução estrutural de custos de geração de energia na Amazônia Legal”. E confirma um pagamento de R$ 350 milhões anuais por uma década para a revitalização dos recursos hídricos da bacia do Rio São Francisco.

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Crise na Petrobras detona fuga histórica de capital externo

A bolsa brasileira sofreu, nos últimos dias, a pior fuga de capital externo em cerca de dez anos, após a intervenção do governo de Jair Bolsonaro no comando da Petrobras. Esse é o principal destaque da edição de hoje (26/02) do Valor Econômico.

A reportagem mostra que os investidores estrangeiros retiraram R$ 9,2 bilhões do mercado acionário em um curto período de três pregões contados a partir do estouro da crise na sexta-feira (19/02), de acordo com dados mais recentes da B3.

Considerando apenas a sessão de segunda-feira (21/02), quando as ações da estatal caíram mais de 20%, a debandada dos estrangeiros chegou a R$ 6,8 bilhões – o maior nível já registrado em toda a série histórica iniciada em 2012 pelo Valor Data. Foi justamente naquela sessão que o mercado pôde reagir à decisão do presidente Jair Bolsonaro em retirar o executivo Roberto Castello Branco da direção da companhia e indicar o general Joaquim Luna e Silva para o posto.

Pelo movimento de ontem no mercado, o risco é de que o fluxo negativo se aprofunde. O Ibovespa caiu 2,95%, a R$ 112.256 pontos, enquanto as ações de Petrobras tiveram forte baixa – a ON perdeu 3,87% e a PN cedeu 4,96% – devido à aversão ao risco global e declarações de Bolsonaro sobre a estatal. Na ponta contrária dos estrangeiros, os investidores locais ingressaram com capital na Bolsa entre sexta-feira e terça-feira. Os institucionais entraram com o total de R$ 3,4 bilhões em três dias, enquanto a pessoa física aplicou R$ 6,5 bilhões.

Efeito Petrobras traz novos dilemas para o investidor

O portal Valor Investe informa que, com interferência do governo na Petrobras, gestores de investimentos sugerem ampliar a internacionalização das carteiras. De acordo com essa análise, o estrago no mercado só não foi maior porque na outra mão o governo acenou com a privatização da Eletrobrás e uma PEC emergencial casada com algumas contrapartidas fiscais.

O resultado desse combo foi que o Ibovespa até o penúltimo pregão do mês tinha desvalorização de 2,44%. O dólar subia 0,8%, enquanto o ouro caía 4,4%. O bitcoin acumulava alta de 47,1%.

Estrategistas e gestores de recursos dizem ver valor em ativos como Bolsa, Tesouro IPCA ou o real. Mas, por via das dúvidas, o conselho geral é aumentar a parcela de diversificação internacional.

PANORAMA DA MÍDIA

O agravamento da pandemia de covid-19 no Brasil é o principal destaque na mídia nesta sexta-feira (26/02). O jornal O Globo informa que, ontem, dia em que o primeiro diagnóstico de covid-19 no Brasil completou um ano, o país registrou o pior número de mortos em 24 horas de toda a pandemia.

Foram 1.582 óbitos registrados em apenas um dia, com recorde também na média móvel de mortes, que ficou em 1.150,8% a mais do que há duas semanas. A média de óbitos está acima de mil desde o dia 21 de janeiro. Já são 251.661vidas perdidas e 10.393.886 de pessoas infectadas pelo vírus.

O agravamento da pandemia está levando os sistemas hospitalares de diversos estados ao colapso, de Norte a Sul do país. Especialistas em saúde são unânimes em afirmar que é preciso restringir a circulação de pessoas para conter a escalada das últimas semanas.

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Na mesma linha, a Folha de S. Paulo destaca que o Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta o seu pior momento desde o início da pandemia: as taxas de ocupação de leitos de UTI no sistema público batem recordes, com 17 capitais registrando lotação de pelo menos 80%.

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Em editorial, o jornal O Estado de S. Paulo afirma que esta é “a maior tragédia nacional a se abater sobre as atuais gerações. Para aumentar ainda mais a angústia de milhões de brasileiros, nada indica que a pior fase da peste já tenha passado. Ao contrário, há evidentes sinais de recrudescimento da pandemia”. O jornal critica a campanha de vacinação, “única saída para pôr fim ao morticínio, (que) segue lenta, incerta”.

O editorial critica, também, o comportamento de pessoas que não respeitam regras de distanciamento social. “A solução para uma crise da magnitude da pandemia de covid-19 não depende apenas da atuação do Estado, mas também do engajamento da sociedade.”

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