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Gerador solar e térmica a óleo travam disputa para fornecer luz na Amazônia – Edição da Manhã

A Folha de S. Paulo traz hoje (28/02) uma reportagem sobre a disputa por parte do mercado de geração de energia na Amazônia e informa que produtores de energias renováveis defendem mudanças nas regras dos leilões do governo, alegando que o modelo atual favorece térmicas a diesel, mais poluentes.

A disputa envolve os chamados sistemas isolados, localidades que não estão conectadas à rede de transmissão de energia do país, seja pela distância dessa rede, seja por estarem em meio à floresta. Há hoje 211 localidades nessas condições, lista que inclui comunidades indígenas e ribeirinhas, ilhas e cidades na floresta.

Em geral, elas são abastecidas por térmicas ou geradores a diesel e óleo combustível, cujo custo é rateado por todos os consumidores brasileiros de energia via CCC (conta de consumo de combustíveis). Em 2021, esse custo deve chegar perto de R$ 8 bilhões, ressalta a reportagem.

O governo pretende realizar em abril um leilão para o atendimento de 23 desses sistemas, localizados no Amazonas, no Acre, no Pará, em Rondônia e em Roraima. A ideia é contratar uma potência instalada total de 97 MW (megawatts).

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Projetos movidos a óleo diesel dominam o volume de energia cadastrado para a disputa, com metade dos 1.300 MW habilitados. Estreante no mais recente leilão desse tipo, realizado em 2019, o gás natural aparece em segundo, com 382 MW. Já a energia solar, que já tem tido peso na expansão da capacidade de geração no sistema interligado nacional, representa apenas 6% da oferta cadastrada. Apesar da redução de custos da tecnologia nos últimos anos, o setor alega que as regras do leilão dificultam a participação na concorrência.

Energia solar cresce e atrai mais empresas

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada hoje (28/02) traz informações sobre o desempenho do segmento de energia solar fotovoltaica em 2020. A capacidade de geração de energia limpa e renovável saltou 64% na comparação com 2019, chegando a 7,6 gigawatts de potência operacional, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

No segmento da geração distribuída, que é o que atende o consumidor residencial majoritariamente (73% dos sistemas instalados) e onde opera a maioria dos negócios do setor, grande parte deles de pequeno e médio portes, esse aumento foi ainda mais expressivo: 100% mais capacidade de gerar energia solar entre 2020 e o ano anterior, saindo de 2,1 GW em 2019 para 4,5 GW no ano passado.

A reportagem destaca que o aumento de capacidade de geração de energia solar significa um volume maior de negócios – o Brasil chegou a meio milhão de projetos instalados – e investimento no setor. Dos R$ 13 bilhões injetados em 2020, 80% foram para a geração distribuída.

Produção brasileira de petróleo e gás natural cresceu em janeiro

A produção brasileira de petróleo aumentou 5,26% em janeiro de 2021 em relação à de dezembro de 2020, alcançando média em torno de 2,870 milhões de barris por dia. Já a produção de gás natural evoluiu 7,36%, com média de cerca de 136,327 milhões de metros cúbicos diários.

Os dados constam do Painel Dinâmico de Produção do Petróleo e Gás Natural e foram divulgados em 17 de fevereiro pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). (portal Gás Net – com Agência Brasil)

PANORAMA DA MÍDIA

A principal reportagem da edição deste domingo (28/02) do jornal O Estado de S. Paulo mostra que a pandemia e a crise econômica despertam no brasileiro o desejo de poupar. Pesquisa realizada pela consultoria Oliver Wyman aponta que 69% em cerca de 4 mil entrevistados no país querem economizar mais depois da crise.

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O jornal O Globo informa que o presidente Jair Bolsonaro dobrou a presença de militares em cargos estratégicos no governo. Em setembro de 2020, 342 egressos das Forças Armadas ocupavam cargos comissionados nas maiores faixas de remuneração da máquina federal, em postos de coordenação, diretoria, secretaria ou de ministro.

Em janeiro de 2019, início do governo, eram 188 militares nessas funções. Dois movimentos feitos pelo governo nos últimos dias vão aprofundar a participação: o general Joaquim Silva e Luna foi indicado para a presidência da Petrobras, enquanto o almirante Flávio Rocha deve ser o novo chefe da Secretaria Especial de Comunicação (Secom).

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Estudantes de escolas públicas têm desempenho médio abaixo do das particulares no Enem, principal porta de entrada para o ensino superior. Reportagem da Folha de S. Paulo mostra que é na prova de inglês, porém, que os alunos da rede estatal enfrentam maior dificuldade em relação à rede privada.

Análise feita pela Folha em todas as questões aplicadas no Enem entre 2010 e 2019 mapeou aquelas em que os estudantes da rede pública erraram de forma desproporcional; 18 das 50 perguntas de inglês no período tiveram viés estatístico alto e moderado contra a rede pública. Inglês representou 46% dessas questões que mais prejudicaram a rede pública sob essa metodologia, apesar de somar apenas 3% do exame total.

 

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