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Vivaz se estrutura como empresa de energia para atuar em quatro frentes de negócio

Mesmo com as incertezas econômicas provocadas pela pandemia do covid-19, o mercado livre de energia ganhou 56 novas comercializadoras em 2020. Neste início de 2021, o mercado segue aquecido, com migrações de consumidores e adesão de novos agentes. Com a intenção de se diferenciar das concorrentes, a Vivaz nasce com a rentabilidade de seu braço em comercialização, mas já olhando para ativos geração de energia, existentes e pré-operacionais. Além disso, ainda coloca mais dois pilares dentro da sua linha de negócio a serem estruturados para o futuro: tecnologia e ativos financeiros.

“A ideia da Vivaz é agregar moeda para a comercialização. É atender o consumidor final, o gerador e o mercado financeiro. Por isso a gente vem com esses pilares, para posicionamento como uma empresa de energia”, disse José Maurício Carvalho, idealizador e presidente da Vivaz.

A empresa começa com um patrimônio de R$ 12 milhões e conta com Paulo Tarso, até o ano passado responsável pela área de comercialização da Petrobras, como diretor comercial. A equipe, enxuta e vinda principalmente da Ecom, comercializadora da qual José Maurício era sócio e diretor de Trading, já trabalha junta há pelo menos cinco anos.

Para o primeiro ano de operação, a expectativa de faturamento com a comercialização é de R$ 300 milhões, mas os sócios Paulo Tarso e José Maurício dizem que não buscam nos números o posicionamento da Vivaz.

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“A gente não liga para qual vai ser o ranking de volume da Vivaz, ou qual o faturamento. O que a gente está buscando é ser uma empresa eficiente. Então, nas posições, a gente busca um custo fixo baixo e uma margem de 5%, isso é mais relevante”, disse Carvalho.

Para o braço de geração de energia, a empresa tem focado sua prospecção em projetos de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que serão voltados para o mercado livre, e onde prevê captar e investir R$ 80 milhões até 2022.

“A ideia para a geração é buscar ativos já construídos e se posicionar no mercado, olhando para algumas usinas que têm endividamento alto, como de GSF por exemplo”, disse Paulo Tarso. Usinas de energia eólica e solar fotovoltaica também estão na pauta, mas com olhar para geração distribuída.

Negócios em tecnologia e mercado financeiro completam as operações que a Vivaz pretende realizar, mas num momento em que as áreas de comercialização e geração estiverem bem estruturadas.

Tarso e Carvalho revelam que já foram procurados pelo mercado financeiro para o desenvolvimento desse braço da empresa, no entanto, entendem que essa nova área deve ser desenvolvida com mais cautela.

“Acho que a gente vê valor para daqui dois a três anos, quando a empresa estará bem posicionada. A gente quer acelerar a Vivaz, mas posicionar de maneira correta”, José Maurício.

No caso do segmento em tecnologia, esse é um movimento inevitável e que caminha junto à expansão do mercado livre. “A tecnologia, última coluna, é a palavra obrigatória com a abertura do mercado livre para a gente colocar no nosso dia a dia”, concluiu o diretor Comercial da empresa.