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Taesa não vê impacto significativo de eventual intervenção no setor

Taesa não vê impacto significativo de eventual intervenção no setor

A Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) não vê risco de impacto significativo para os seus negócios em uma eventual intervenção do governo federal no setor elétrico, afirmou o diretor presidente da companhia, André Moreira. Segundo ele, a estratégia da companhia é baseada no longo prazo, com objetivo de aumentar a receita anual permitida (RAP) nos próximos dez anos.

“Acreditamos na evolução do marco regulatório do setor elétrico brasileiro. E pensamos em médio e longo prazo. Independentemente do que acontecer, a Taesa vai focar nos seus negócios. Não vemos grande impacto nisso”, disse Moreira, ao ser questionado por analistas sobre uma possível intervenção do governo no setor, durante teleconferência realizada nesta quinta-feira, 4 de março.

Com objetivo de mais que compensar, nos próximos dez anos, a perda de RAP relativa a seus projetos mais antigos, a Taesa planeja participar continuamente de leilões de linhas de transmissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e de oportunidades de aquisições de empreendimentos no mercado.

“Participaremos de forma ativa”, afirmou o diretor de Negócios e Gestão de Participações da Taesa, Fábio Fernandes. Ele, porém, destacou que as oportunidades devem atender a critérios de sustentabilidade, disciplina financeira e eficiência operacional.

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Com relação à sustentabilidade, a companhia inovou ao iniciar apresentação de hoje a analistas e investidores destacando a agenda de desenvolvimento sustentável do grupo.

Sobre o resultado do quarto trimestre de 2020, a empresa apurou lucro líquido de R$ 829 milhões, com alta de 194,7% ante igual período do ano anterior. Com isso, o resultado consolidado do ano passado alcançou R$ 2,263 bilhões, 104,6% maior que o observado em 2019.

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Erik Breyer, lembrou que a administração da companhia propôs o pagamento de R$ 1,6 bilhões em dividendos, relativos ao exercício de 2020. A distribuição dos recursos deve ser apreciada em assembleia de acionistas.

Investimentos

A Taesa também ampliou a projeção de investimentos para 2021, para um montante entre R$ 570 milhões e R$ 630 milhões. A previsão anterior era de R$ 310 milhões a R$ 340 milhões. A revisão dos valores deve-se à transferência para este ano de recursos que não foram investidos no ano passado.

Em 2020, a transmissora investiu R$ 840 milhões, valor abaixo do previsto para o período, que variava entre R$ 1,04 bilhão e R$ 1,13 bilhão.