A Petrobras aprovou nesta segunda-feira, 8 de março, novo reajuste para os preços da gasolina e do diesel nas refinarias. Os novos valores entrarão em vigor na próxima terça-feira.
No caso da gasolina, o aumento foi da ordem de 9%, com acréscimo de R$ 0,23 por litro, totalizando R$ 2,84 por litro. Com relação ao diesel, o aumento foi de aproximadamente 5,5% (R$ 0,15 por litro), totalizando R$ 2,86 por litro.
Os reajustes, explicou a companhia, seguem o alinhamento dos preços ao mercado internacional. Segundo a petroleira, essa medida é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores do mercado.
Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araujo, com os reajustes anunciados hoje, as defasagens médias dos preços domésticos em relação aos preços de paridade de importação cairão para R$ 0,05 por litro para a gasolina e de R$ 0,10 por litro para o diesel.
Contrária aos reajustes e à política de paridade de preço de importação da Petrobras, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) promoveu ações de oferta de combustíveis ao que ela considera ser preços justos em São Paulo (SP) e Mossoró (RN). O objetivo é fazer novas ações do tipo em outras cidades nos próximos dias. Com a medida, a entidade quer sensibilizar a população sobre os impactos negativos da política de preços da Petrobras.
Em outra frente, o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), ligado à FUP, constatou, em estudo, que os reajustes nos preços dos combustíveis nos primeiros dois meses deste ano devem ampliar a receita da Petrobras em, no mínimo, R$ 1,8 bilhão. Em contrapartida, o governo deixará de arrecadar R$ 3,1 bilhões, em março e abril, ao zerar a alíquota de tributos federais sobre o diesel e o gás liquefeito de petróleo (GLP).
*Matéria atualizada às 13h33 para incluir o posicionamento da Abicom.
**Matéria atualizada às 15h19 para incluir informações da FUP e o estudo do Ineep.