Diesel

XP vê baixa probabilidade de renovação da política de isenção tributária para o diesel

Brasilienses enfrentam até 4km de filas para abastecer em posto de combustíveis que vende gasolina a R$ 2,98 como parte do Dia da Liberdade de Impostos (DLI).
Brasilienses enfrentam até 4km de filas para abastecer em posto de combustíveis que vende gasolina a R$ 2,98 como parte do Dia da Liberdade de Impostos (DLI).

A XP Investimentos vê baixa probabilidade de o governo federal renovar a política de isenção de PIS/Cofins sobre os preços do diesel depois de abril. Dessa forma, a casa de análise estima que a retomada da cobrança dos impostos federais terá um efeito de 11% nos preços do combustível, fora do escopo da política de preços da Petrobras.

A estimativa faz parte de relatório da XP divulgado na segunda-feira, 8 de março, e assinado pelos analistas Gabriel Francisco e Maira Maldonado. No documento, no qual eles comentam o mais recente reajuste de preços da estatal, os analistas mantêm uma visão cautelosa com a Petrobras, devido à manutenção dos preços dos combustíveis abaixo da paridade de preço de importação.

A XP lembra que a política de isenção de tributos federais para o diesel significa uma renúncia fiscal entre R$ 1,5 bilhão e R$ 1,6 bilhão por mês. Para compensar essa perda, o governo aumenta a tributação de outros segmentos.

Diante da perspectiva de descontinuidade da isenção de tributos para o diesel, a partir de maio, a XP continua enxergando riscos de que a Petrobras não pratique uma política de preços de combustível alinhada com as referências internacionais, variando de acordo com os preços de petróleo e a taxa de câmbio. “Por esta razão, mantemos nossa recomendação de venda de ações”, afirmam os analistas, no relatório.

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