A Petrobras Distribuidora teve lucro líquido de R$ 3,14 bilhões no quarto trimestre do ano passado, ante o resultado de R$ 96 milhões obtido no mesmo período um ano antes.
O resultado refletiu o reconhecimento do aproveitamento do crédito de PIS e Cofins de R$ 647 milhões, além de mais R$ 239 milhões em atualização monetária sobre o crédito. Além disso, a companhia reconheceu uma receita atuarial pela mudança no plano de saúde da companhia da ordem de R$ 2,1 bilhões.
O volume de vendas da companhia subiu 3,5%, para 10.278 mil m³. A receita líquida, por sua vez, subiu 0,6%, para R$ 24,3 bilhões.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 70,6%, para R$ 1,6 bilhão.
Em 2020, a BR obteve lucro de R$ 3,9 bilhões, aumento de 76,6% na comparação anual. A receita líquida caiu 14,2%, para R$ 81,5 bilhões. O Ebitda ajustado somou R$ 3,8 bilhões, alta de 21,7%
Após a publicação dos resultados, o BTG Pactual elevou a recomendação para as ações da BR de manter para compra, com preço alvo de R$ 27 por ação, um potencial de ganho de 40%. Segundo os analistas Thiago Duarte e Pedro Soares, a BR tem uma base de custos em linha ou melhor que seus concorrentes, e a melhora na execução comercial deve permitir crescimento de qualidade no futuro.
Segundo o Credit Suisse, quando o atual presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, assumir o comando da BR na próxima semana, ele vai encontrar uma companhia com alta geração de fluxo de caixa, baixo endividamento e muito bem posicionada para crescimento futuro.
“Esse é o ponto de partida perfeito para modelar o futuro da BR, baseado em escolhas de alocação de capital que, sem dúvida, precisarão levar em conta a transição energética que deve ganhar ritmo nas próximas décadas”, escreveram os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero.
.