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Aprovação da nova Lei do Gás marca tentativa de virada do setor, diz diretor da ANP – Edição da Tarde

A aprovação da Nova Lei do Gás na Câmara dos Deputados, na madrugada desta quarta-feira (17/03), marca uma tentativa de recuperação do setor, afirmou o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Raphael Moura, durante evento promovido hoje pela embaixada britânica.

“Ontem foi um dia importante para o Brasil. Com a aprovação da Nova Lei do Gás, estamos tentando ao máximo incorporar processos para certificar de que o setor vai fazer uma virada após a crise e atuar de forma mais sustentável”, disse Moura. A nova legislação para o gás natural visa aumentar a concorrência no setor. O projeto segue agora para sanção presidencial (Valor Econômico)

Novo marco do gás não é suficiente para destravar investimentos, dizem especialistas

A aprovação do novo marco regulatório do gás pela Câmara dos Deputados, que pôs fim ao monopólio da Petrobras no setor, não vai conseguir, sozinha, destravar os cerca de R$ 35 bilhões em investimentos previstos para o setor, na avaliação de especialistas ouvidos pela reportagem do jornal O Globo.

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Na opinião deles, a lista de desafios inclui a venda de ativos importantes da estatal nos segmentos de transporte e distribuição, a mudança nas leis dos estados para permitir maior competição e o acesso à capacidade em gasodutos nacionais que ainda estão reservados à Petrobras.

Estudo da consultoria Gas Energy aponta que somente a partir do próximo ano será possível observar movimento de queda nos preços do gás natural, que estão em alta este ano por conta do aumento do preço do petróleo no mercado internacional.

Ainda de acordo com os especialistas ouvidos pelo Globo, entre os vetores essenciais para que isso aconteça está a garantia de que as empresas privadas tenham maior previsibilidade de acesso aos gasodutos já vendidos pela estatal, como a TAG (Transportadora Associada de Gás) e a NTS (Nova Transportadora do Sudeste). Segundo eles, com acesso ao transporte, a concorrência na comercialização pode se materializar, criando condições para a queda nos preços do gás no mercado.

Guedes diz que alertou Bolsonaro sobre interferência na Petrobras

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem (16/03) que alertou o presidente Jair Bolsonaro de que interferir na Petrobras poderia ter um “custo econômico pesado”.

“É natural que um político se preocupe com isso, principalmente se a base eleitoral dele é dos caminhoneiros. O que nós dissemos ao presidente é que isto (interferência nos preços de combustíveis) tem um custo econômico pesado. Então, resultado: se o objetivo era baixar o preço do combustível, o que aconteceu com isso foi que os mercados começaram a subir o câmbio”, disse Guedes, em entrevista à CNN Brasil.

A reportagem ressalta que, insatisfeito com os reajustes de combustíveis após a escalada do petróleo no mercado internacional, Bolsonaro anunciou a troca no comando da estatal. Ele indicou o general Joaquim Silva e Luna para o lugar de Roberto Castello Branco. (O Globo / Folha de S. Paulo)

Ações da Cemig recuam com decisão da Aneel

O portal Investing.com informa que os papéis da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) figuravam entre as maiores altas da Bolsa de Valores, a B3, nesta quarta-feira (17/03), após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidir limitar a distribuição de dividendos por algumas empresas de energia por má qualidade de serviço.

Wilson Ferreira Jr tomou posse como presidente da BR Distribuidora

A BR Distribuidora informa que Wilson Ferreira Junior tomou posse ontem (16/03) como novo presidente da BR Distribuidora. Seu mandato terá duração de dois anos. O executivo possui 40 anos de experiência no setor de energia. Entre os diversos cargos de liderança que ocupou, foi presidente da CPFL entre 2002 e 2016 e também da Eletrobras. Em 25 de janeiro, ele renunciou ao cargo de presidente da elétrica “por motivos pessoais”. (Agência CMA)

PANORAMA DA MÍDIA

O governo de São Paulo anunciou hoje (17/03) um pacote de medidas econômicas para ajudar o estado a passar pelo pior momento da pandemia de covid-19. A partir de abril, o estado irá reduzir o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) da carne, zerá-lo para o leite e abrir uma linha de crédito de R$ 100 milhões para os setores econômicos mais afetados pela pandemia. As ações vêm num contexto de avanço da pandemia, com recordes seguidos de mortes diárias e de ocupação dos leitos dedicados a pacientes com a doença em São Paulo (portal UOL)

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O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, no início da tarde desta quarta-feira (17/03), que os impactos das mortes que ocorrem no Brasil vão diminuir com distanciamento social e melhora no atendimento hospitalar. “Esses óbitos que estão aí nós conseguiremos reduzir com dois pontos principais. Primeiro com políticas de distanciamento social própria que permitam diminuir a circulação do vírus, segundo com uma melhora na capacidade assistencial dos nossos serviços hospitalares.”(portal G1)

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Conforme análise do Valor Econômico, na reunião que deve promover a primeira alta na Selic desde julho de 2015, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve alterar sua comunicação e admitir uma surpresa nas leituras mais recentes de inflação e em relação às expectativas de inflação do mercado. Além disso, os dirigentes também devem indicar que o balanço de riscos se tornou mais assimétrico em relação à janeiro, o que justificaria o início do processo de normalização monetária.