O grupo italiano Enel alcançou lucro líquido de 2,61 bilhões de euros em 2020, com crescimento de 20,1% em relação ao ano anterior. O resultado global da companhia foi divulgado nesta quinta-feira, 18 de março de 2021.
Na mesma comparação, a receita da Enel recuou 19,1%, para 65 bilhões de euros. A queda, explicou a companhia, deve-se à redução das vendas de gás e eletricidade na Itália e na Espanha, devido ao impacto da pandemia de covid-19, além da diminuição de atividades comerciais e efeitos adversos na taxa de câmbio na América Latina.
Já o ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 5% em 2020, para 16,8 milhões de euros.
Devido aos efeitos da pandemia, o volume de energia elétrica vendido pelo grupo recuou 7.4%, em 2020, para 298,2 terawatts-hora (TWh). Entre a queda das vendas, a companhia destacou a Itália (-7,3 TWh) e a Espanha (-8,7 TWh). No Brasil, a redução do volume de vendas de energia foi de 2,7 TWh. Na mesma comparação, o volume global de venda de gás natural caiu 10%, para 9,7 bilhões de m³.
Em 2020, o grupo italiano investiu 10,2 bilhões de euros, valor 2,5% superior ao observado no ano anterior. A área que registrou o maior crescimento proporcional de investimentos nessa comparação foi a Enel X, braço de inovação e serviços da companhia, com uma alta de 12,2%, para 303 milhões de euros.
Com relação à estratégia para 2021, a Enel destacou que pretende acelerar os investimentos em renováveis, especialmente na América Latina e na América do Norte e aumentar investimentos para ampliar a qualidade e a digitalização das redes de distribuição, sobretudo na Itália e na América Latina.