A estatal paranaense Copel segue com o plano de vender sua participação na Compagas ainda em 2021, ao mesmo tempo em que a saída do controle da hidrelétrica Foz do Areia deve ir para 2024, devido à nova repactuação do GSF, disse Daniel Slaviero, presidente da companhia, em teleconferência sobre os resultados de 2020.
A Copel tem 51% da distribuidora de gás do Paraná, enquanto Gaspetro e Mitsui têm, cada uma, 24,5% da empresa.
“Pretendemos realizar isso ainda neste ano, apesar de o cronograma estar ficando apertado”, disse Slaviero. O obstáculo é a assinatura da renovação da concessão da companhia, que ainda não foi concluída. Segundo o executivo, depois da assinatura, a conclusão da venda deve levar de 1810 a 210 dias.
Em relação à hidrelétrica de Foz do Areia, de 1,6 GW de potência, a Copel ainda mantém a intenção de vender 50,1% do ativo a um sócio privado, em troca da extensão de sua concessão.
“Nossa expectativa era realizar isso em 2021, mas sem dúvida o prazo vai escorregar um pouco por causa do GSF”, afirmou.
Isso porque, com a nova repactuação do GSF, a concessão da hidrelétrica, que venceria em 2023, deve ser prorrogada até setembro ou outubro de 2024, a depender dos números finais homologados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Como é uma usina que gera cerca de R$ 450 milhões em Ebitda por ano, a companhia pretende adiar a venda do controle para uma data mais próxima do fim da concessão, a fim de “usar ao máximo o ativo”.
Ainda em relação a desinvestimentos, Slaviero lembrou que a Copel pode estudar se desfazer de sua única usina a carvão. A usina de Figueira tem 20 MW de potência e está sendo reformada. “Para cumprirmos as metas de zerar emissões de carbono, inexoravelmente faremos um estudo para desinvestimento”, disse.