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Reservatório em baixa faz encargo explodir – Edição da Manhã

Reportagem do Valor Econômico informa que os reservatórios de usinas hidrelétricas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste devem encerrar o período de chuvas com apenas 37,7% da capacidade máxima – patamar mais baixo desde 2015, quando houve temores do mercado sobre o risco de racionamento.

A projeção foi apresentada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), na sexta-feira (26/03), aos agentes do setor. Para abril, o órgão prevê que a hidrologia no Sudeste/Centro-Oeste – que constituem um único subsistema para fins operacionais – será de 72% da média de longo termo, o sexto pior registro em 91 anos de série.

A temporada de chuvas termina oficialmente em abril e o período de estiagem dura de maio a outubro. Ninguém, no setor elétrico, fala em risco de racionamento de energia atualmente – inclusive porque a economia continua devagar. No entanto, o início da seca com volumes tão baixos torna praticamente certo que usinas térmicas continuam ligadas no restante do ano. Cerca de 10 mil megawatts (MW) têm sido acionados todos os dias de fontes como gás natural, carvão e óleo combustível. Outros 200 MW, em média, vêm chegando como reforço em importação do Uruguai e da Argentina.

Banco Mundial prevê crescimento de 3% para o Brasil neste ano

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A expansão da economia brasileira deve ser de 3% em 2021, segundo projeção do Banco Mundial apresentada ontem (29/03) em seu Relatório Semestral para a América Latina e o Caribe, com o tema Renovando com Crescimento (“Renewing with Growth”).

O Valor Econômico informa que, na apresentação do relatório, o economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, Martín Rama, afirmou que a segunda onda da pandemia no Brasil “é motivo de grande preocupação”. O cenário prevê aumento da pobreza em 2021, inflação acima do centro da meta e relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB) em 89,7%.

“Alguns setores e empresas ganharão e outros perderão”, afirmou Martin Rama. Entre os ganhadores, desponta na liderança o setor de tecnologia da informação, mas se destaca também o setor de energia.

“A América Latina tem a matriz energética mais limpa do mundo e enorme potencial para energia solar, eólica e hidroelétrica. Mas ainda temos a energia mais cara, por questões como impostos e ineficiência. Podemos progredir por dois caminhos: a geração própria e o comércio de energia entre os países, que avançou muito na Europa nos últimos anos”, apontou.

Petrobras demite gerente-executivo de RH suspeito de caso de ‘insider’

O gerente-executivo de recursos humanos da Petrobras, Cláudio da Costa, foi demitido do cargo, ontem (29/03). Costa também deixa o conselho de administração da Transpetro, braço de logística da petroleira.

De acordo com duas fontes do Valor Econômico, a demissão teria sido motivada, em parte, por suspeitas de uso de informação privilegiada pelo gerente-executivo. Costa teria vendido ações da companhia no dia 18 de fevereiro, na véspera de o presidente da República, Jair Bolsonaro, anunciar a troca no comando da Petrobras – o que levou à forte desvalorização da empresa nos dias seguintes. O Valor apurou que as investigações seguem em andamento e que ainda não há uma conclusão se o gerente se beneficiou, de fato, de informação privilegiada – ou se a ordem da operação já havia sido programada com antecedência pela corretora de confiança do executivo.

Colombiana ISA vê oportunidades em energia e rodovia

Enquanto aguarda uma definição sobre a operação que pode levar a petroleira Ecopetrol a assumir seu controle, a estatal colombiana ISA continua estudando oportunidades para ampliar sua presença no Brasil.

Os planos passam pelo crescimento no setor de transmissão de energia – a companhia, que é controladora da ISA Cteep e sócia da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) na Taesa, tem “fome” de aquisições – e também por uma potencial estreia no setor de rodovias.

Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente da ISA, Bernardo Vargas, afirmou que a companhia confia no potencial do mercado brasileiro, mesmo diante da grave situação da pandemia. O executivo ressaltou, porém, que o país precisa garantir previsibilidade e estabilidade de regras.

PANORAMA DA MÍDIA

A troca de seis ministros anunciada ontem (29/03) pelo presidente Jair Bolsonaro é o principal destaque nos jornais, nesta terça-feira.

A maior surpresa foi a demissão do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva. Ele foi substituído pelo ocupante da Casa Civil, general Walter Braga Netto. Para a Casa Civil, foi deslocado o general Luiz Eduardo Ramos, que estava na Secretaria de Governo. (Folha de S. Paulo)

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Fernando Azevedo foi demitido após se recusar a aceitar um alinhamento das Forças Armadas à política do governo federal. A tentativa de uso político dos militares em confronto com a missão constitucional do Exército, Marinha e Aeronáutica ficou explícita na nota oficial divulgada por Azevedo, na qual afirma que, no período em que esteve à frente da pasta, preservou “as Forças Armadas como instituições de Estado”. O ministro se opôs a substituir o comandante do Exército, general Edson Pujol, que não quis se envolver em política, como desejava Bolsonaro. (O Estado de S. Paulo)

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No Ministério das Relações Exteriores, Ernesto Araújo deixou o cargo, após inviabilizar a relação com deputados e senadores. Outro que não terá mais assento nas reuniões ministeriais é José Levi, demitido da Advocacia-Geral da União (AGU) após se recusar a assinar uma ação em que a União questionava a conduta de governadores na pandemia. (O Globo)

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No início da noite, o Planalto anunciou as seguintes mudanças: no Ministério das Relações Exteriores, o desgastado Ernesto Araújo será substituído pelo embaixador Carlos Alberto França; hoje ministro-chefe da Casa Civil, o general da reserva Walter Souza Braga Netto assumirá o comando da Defesa; em seu lugar, na Casa Civil, tomará posse o general Luiz Eduardo Ramos, atual chefe da Secretaria de Governo. Para o lugar de Ramos, Bolsonaro decidiu convidar a deputada Flávia Arrruda (PL-DF), que deixa a presidência da Comissão Mista de Orçamento (CMO). André Mendonça deixará o Ministério da Justiça para retornar à Advocacia-Geral da União (AGU). Em seu lugar, assume Anderson Torres, atual secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e delegado da Polícia Federal. (Valor Econômico)

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Atualização: Os comandantes do Exército, Marinha e Força Aérea decidiram colocar seus cargos à disposição do novo ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, em uma reunião prevista para o começo da manhã desta terça-feira (30/03). Eles querem acompanhar a saída do general Fernando Azevedo da pasta, demitido pelo presidente Jair Bolsonaro após seguidas negativas de apoio político ao governo federal. (por tal da Folha de S. Paulo)