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Lucro da 2W sobe em 2020, mas receita cai pela metade

Lucro da 2W sobe em 2020, mas receita cai pela metade

A 2W energia teve lucro líquido de R$ 55 milhões em 2020, aumento de 370% em relação ao resultado obtido em 2019, de um lucro de R$ 11,7 milhões. 

Segundo as notas explicativas do balanço, a linha de contas a receber, da ordem de R$ 195,7 milhões, ajudou de forma significativa o resultado, diante do registro do valor positivo de R$ 64,9 milhões na linha de valor justo na compra e venda de energia. Em 2019, essa linha tinha sido negativa em R$ 8,4 milhões.

Além disso, as despesas recuaram 48% no ano passado, para R$ 757,6 milhões, com a queda do custo de aquisição de energia, principalmente. 

A receita líquida da 2W, por sua vez, caiu 46% no ano passado, para R$ 790,2 milhões.

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Da receita reconhecida no ano passado, cerca de R$ 65 milhões se referem à marcação a mercado dos contratos futuros de energia. A Ernst & Young, auditoria independente responsável pelo balanço, explicou que essa estimativa de recebimento futuro foi monitorada, tendo em vista os riscos envolvidos. Foram avaliadas, por exemplo, as políticas contáveis da companhia no reconhecimento das receitas de comercialização, e foram feitos testes de recebimentos subsequentes de faturas, por amostragem.

Com base no resultado dos procedimentos da auditoria, a Ernst & Young concluiu que os critérios e premissas utilizadas pela administração para a contabilização desses contratos futuros foram “aceitáveis, assim como as respectivas divulgações feitas. 

A companhia, que tem como principal sócio Ricardo Delneri, um dos fundadores da Renova Energia, informou também os resultados ajustados para eventos não recorrentes. Segundo a 2W, em 2020, seu lucro líquido ajustado somou R$ 72,5 milhões em 2020, com margem líquida de 9%. 

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 117,8 milhões, atingindo uma margem de 14,8%. O volume de energia transacionada pela companhia chegou a 460 MW médios em 2020.

Até o momento, a 2W já começou a tirar do papel o complexo eólico Anemus, de 138,6 MW de capacidade instalada, e já assinou contrato com a WEG para fornecimento dos aerogeradores. Os recursos para o empreendimento foram captados junto ao mercado em outubro do ano passado, com uma operação financeira estruturada com o BTG Pactual e o Darby Overseas. 

(Atualizado às 12h, em 31/03/2021, para inclusão dos dados auditados das demonstrações financeiras da 2W de 2020)