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Indicação de Rodrigo Limp na Eletrobras sinaliza interferência política, diz Moody's

A indicação de Rodrigo Limp, secretário de Energia do Ministério de Minas e Energia (MME), para a presidência da Eletrobras, é negativa para o crédito da Eletrobras, pois mostra interferência política nos planos de sucessão da companhia anunciados previamente, avalia a agência de classificação de riscos Moody’s.

A Moody’s lembrou que Limp, embora recomendado pelo conselho de administração da Eletrobras, não teve o nome aprovado pela empresa externa de recrutamento contratada para assessorar a sucessão da companhia.

Segundo a agência, a nomeação de Limp, que ainda depende da assembleia de acionistas da companhia, tem o potencial de aumentar o foco da gestão em questões regulatórias, considerando o histórico do novo presidente, que é funcionário de carreira do Senado e foi diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) antes de ir para o MME.

“A nomeação de Limp pode sinalizar o compromisso do governo brasileiro com a agenda de privatização, enquanto a MP 1.031 ganha força para aprovação no Congresso depois que a Eletrobras foi formalmente incluída no Programa Nacional de Desestatização”, diz o relatório da Moody’s.