A revisão proposta pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nas faixas de acionamento das bandeiras tarifárias deve resultar num menor acionamento da bandeira vermelha, de acordo com análise da MegaWhat Consultoria.
A agência colocou a proposta de alteração das faixas de acionamento em consulta pública entre 24 de março e 7 de maio.
A proposta inclui a atualização dos parâmetros utilizados como gatilho para acionamento das bandeiras, a fim de adequar a relação entre hidrologia e o PLD. Essas faixas de acionamento serão elevadas, de acordo com a nota técnica apresentada pela Aneel.
Serão também alterados os adicionais das bandeiras tarifárias, a fim de equilibrar as receitas e despesas envolvendo a Conta Bandeiras. A bandeira verde permanecerá sem acrescimo. Para a amarela, o acréscimo de R$ 13,43/MWh cairá 26%, para R$ 9,96/MWh.
Para a bandeira vermelha 1, é previsto o aumento de 10%, para R$ 45,99/MWh. Para a bandeira vermelha 2, o acréscimo sobe em 21%, para R$ 75,71/MWh.
Com as regras atuais, os modelos da MegaWhat que consideram previsão de preços e GSF indicam que a bandeira vermelha 1 seria acionada em julho e agosto deste ano, com bandeira amarela no restante do tempo.
Considerando as mudanças propostas, a bandeira vermelha 1 seria acionada apenas em agosto de 2021, com bandeira amarela no restante dos meses.
“Essa alteração traz menos onerosidade para o consumidor, entretanto, pode dificultar a recomposição do saldo negativo da conta bandeiras”, diz a análise da MegaWhat Consultoria.