Distribuição

EDP Brasil destina R$ 6 bi para distribuição; maior fatia de plano 2021- 2025

EDP Brasil destina R$ 6 bi para distribuição; maior fatia de plano 2021- 2025

Dos R$ 10 bilhões de aportes previstos para serem investidos nas áreas de atuação da companhia, a EDP Brasil vai destinar R$ 6 bilhões para o segmento de distribuição. O volume para o segmento, que é o dobro do investido no ciclo anterior (2016-2020) deve ocorrer de forma orgânica, ou seja, fusões e aquisições não estão descartadas, mas não estão no foco do aporte de distribuição.

A empresa possui a concessão de duas distribuidoras de forma integral, EDP São Paulo e EDP Espírito Santo, e detém participação 28,77% do capital social da Celesc, distribuidora de Santa Catarina. Os investimentos nas concessionárias deverão ocorrer de forma mais agressiva, ainda neste ano para a distribuidora do Espírito Santo, e no próximo para a de São Paulo. Depois o volume de aportes deve voltar a subir mais próximo das revisões tarifárias periódicas.

Com os investimentos em distribuição a empresa entende que seus processos serão mais digitais, inovadores e eficientes. Além disso, os novos processos deverão alavancar o Ebitda (lucro antes de juros) de distribuição, sendo 30% referente à remuneração de capital nos processos de revisão tarifária periódica; 50% do crescimento do mercado e redução das perdas e 20% de inovação e processos aplicados.

Os reforços previstos no segmento deverão seguir três frentes prioritárias, sendo 38% para expansão, 32% em melhorias e 30% no combate às perdas e tecnologia. Inseridos nessas frentes, a empresa pretende ter eficiência e criar valor, com projetos de redes inteligentes e sensoriamento da rede; ampliação da flexibilidade operativa, atualização tecnológica das redes e da proteção das subestações/ reforço da construção de redes antifurto em sistema de medição concentrada e construção de subestações de menor potência instalada próximas a centros de carga.

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Com a pandemia do covid-19, a empresa declarou ter evoluído na frente tecnológica para o combate às perdas e à inadimplência, implementando recursos de georreferenciamento, integração da base de dados com inteligência artificial, o que a tornou mais eficiente. A melhoria de suas bases permitiu que a empresa recuperasse 207 GWh da energia injetada na rede em 2020

Um exemplo de melhoria foi o aumento da eficiência em 80% com a criação de um modelo de árvore de decisão dos clientes, conseguindo identificar os “novos” inadimplentes durante a pandemia e que realizavam o pagamento antes da decisão da Aneel sobre a suspensão do corte.

E a empresa considera que sai da pandemia mais forte, mais ágil e com um componente digital mais forte em distribuição. Apesar de um início mais difícil por conta das medidas de restrição e cuidado com os colaboradores, o vice-presidente de Distribuição da EDP Brasil, João Brito Martins, declarou que hoje a empresa conseguiu conquistar uma presença de 75% digital no contato com o cliente.

“O trabalho remoto permitiu simplificar de forma mais rápida, dando agilidade à empresa, e melhores repostas. Trabalhamos muito no tema dos dados, perdas, inadimplência, equipes em campo, e em iniciativas para trabalhar melhor a informação que temos, seja na alocação de equipes, perdas e fraudes, ou corte e outras ferramentas”, contou Martins.