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BNDES avança com privatização da CEA – edição da Manhã

O Valor Econômico informa que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) conseguiu destravar o processo de privatização da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), uma das últimas distribuidoras de energia de controle estatal no país, e tem a expectativa de ver um leilão competitivo em junho, atraindo investidores interessados em se posicionar no estado para explorar sinergias e até oportunidades no setor de saneamento.

Iniciado em 2018, o projeto de desestatização da CEA vinha esbarrando na dívida bilionária de R$ 2,3 bilhões, que colocava a operação em xeque. De acordo com a reportagem, esse valor foi renegociado com os principais credores da empresa, que chegaram a um acordo para um corte de mais de 50%, reduzindo o valor a R$ 1,1 bilhão.

Os agentes estão próximos de celebrar um acordo vinculante sobre a renegociação de débitos, um requisito para que a privatização da CEA possa prosseguir. As conversas foram conduzidas com quatro credores – segundo documentos públicos da CEA.

Energia cara compromete investimento em cloro-soda

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Reportagem do Valor Econômico explica que o elevado custo da energia elétrica no país reduziu em quase 60% os investimentos da indústria de cloro-álcalis em uma década e, agora, pode colocar em risco o cumprimento das metas de universalização do novo marco do saneamento ou levar à desindustrialização, caso promova mais importação de produtos derivados.

Para fazer frente às necessidades de cloro tanto para tratamento de água quanto para produção de PVC, resina a partir da qual são feitos tubos e conexões, estima-se que serão necessários cerca de US$ 1 bilhão em investimentos para ampliar a capacidade produtiva nacional até 2033. Contudo, o alto custo de produção do insumo e as incertezas relacionadas às condições futuras de operação têm postergado novos projetos em um setor que é estratégico para os planos do governo.

Conforme informa o Valor, um estudo produzido pela Ex Ante Consultoria Econômica, do economista Fernando Garcia, a pedido da Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor), mostra que, entre 2001 e 2019, a tarifa média de energia elétrica paga pela indústria de cloro-soda cresceu 292%.

No mesmo período, o custo em dólar por MWh da energia elétrica do setor subiu mais de 134%. Por outro lado, entre 2007 e 2018, as inversões em ativo permanente do setor recuaram de R$ 212,3 milhões para R$ 85 milhões. Conforme o estudo, o preço da energia consumida pela indústria precisaria ficar entre US$ 30 por MWh a US$ 40 MWh para garantir sua competitividade, contra os cerca de US$ 50 por MWh pagos atualmente.

PetroRio avalia bonds

A PetroRio avalia realizar emissão de bonds nos próximos meses, segundo o presidente da petroleira, Roberto Monteiro. Em conferência com analistas, o executivo disse que a companhia analisa a possibilidade da nova emissão desde que realizou aumento de capital, operação que movimentou R$ 2 bilhões em janeiro. “Tivemos conversas com mais de 30 casas desde fevereiro para entender quais seriam as taxas e os custos. Estamos analisando com bastante carinho a possibilidade”, disse.

O aumento de capital teve o objetivo de preparar a petroleira para a aquisição de campos maduros, foco da atuação da empresa. Monteiro afirmou que esse mercado continua “bastante relevante”. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

O WhatsApp passou a oferecer ontem (05/05) a seus usuários a possibilidade de realizar transferências financeiras, informa o Valor Econômico. Clientes de nove instituições poderão usar o serviço que, por ora, abrange apenas as pessoas físicas e limita a R$ 1 mil o valor de cada operação. A novidade, segundo especialistas ouvidos pela reportagem, tem o potencial de mudar a forma como os brasileiros fazem essas transações no dia a dia e pode ganhar escala em alta velocidade, a exemplo do Pix, o sistema de pagamentos instantâneo criado pelo Banco Central.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que o Ministério da Saúde admitiu ter divulgado um número superestimado de vacinas já contratadas contra a covid-19. Em peças de propaganda e em declarações públicas do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a pasta diz já ter comprado mais de 560 milhões de doses. Ao responder a um questionamento oficial formulado pelo Congresso, porém, o ministério informou que o número realmente contratado é a metade disso: 280 milhões de doses.

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O primeiro dia de depoimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid é o principal destaque da edição de hoje (05/05) dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo. O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi o primeiro convidado a prestar informações à CPI. Ele afirmou que o presidente Jair Bolsonaro contrariou orientações do Ministério da Saúde baseadas na ciência para o combate à pandemia de covid-19.

Em depoimento de mais de sete horas, ontem, Mandetta também avaliou que o presidente adotou discurso negacionista que pode ter contribuído para espalhar mais rapidamente a Covid-19. O ex-ministro foi demitido por Bolsonaro em 16 de abril de 2020.

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A morte do comediante Paulo Gustavo, ontem (04/05), por covid-19, é destaque na mídia nesta quarta-feira. O jornal O Globo traz reportagens e análises sobre a carreira do ator que conquistou uma enorme e fiel legião de fãs. Seu trabalho mais conhecido continua sendo “Minha mãe é uma peça”. Paulo Gustavo morreu aos 42 anos. Ele estava internado desde 13 de março no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro.